O setorenergético brasileiro pode ser considerado privilegiado neste momento de crise,mesmo com a restrição de crédito, avaliou o presidente da Empresa de PesquisaEnergética (EPE), Mauricio Tolmasquim, que além de manter os leilões deeletricidade já previstos para 2009, programa, pela primeira vez, ofertarenergia eólica no País.
A despeito de aenergia eólica ser considerada cara por especialistas, Tolmasquim disse à"Reuters" que a realização do leilão servirá para mostrar o seu realvalor no Brasil.
O uso daenergia eólica tem crescido no mundo inteiro e, assim como a hidrelétrica, éconsiderada uma fonte de geração não-poluente. "A vantagem de realizar oleilão é que o Brasil vai descobrir o valor real da energia eólica. Todos falamque é alto, mas qual é esse preço? Como o nosso País tem um potencial muitogrande, eventualmente a gente pode ser surpreendido na hora dacompetição", afirmou o presidente da EPE.
Até o final domês Tolmasquim entrega ao Ministério de Minas e Energia os estudos para oprimeiro leilão específico de energia a partir dos ventos e a proposta de umprograma eólico mais amplo, a fim garantir ao investidor a continuidade doscertames. "Estamos pensando em fixar quantidade (de venda de energia nosleilões) para os próximos anos, para sinalizar continuidade, senão não vemfábrica, e tem fábrica de equipamentos de eólicas querendo se instalaraqui", disse o executivo, lembrando que a falta de equipamentos produzidosno País foi um obstáculo para o Proinfa, programa do governo criado paraincentivar fontes alternativas de energia e que possui exigência de conteúdonacional.
Tolmasquimdisse que ainda não estipulou o volume que será negociado no primeiro leilão deenergia eólica no Brasil, que teria entre os interessados a espanholaIberdrola, segundo o executivo. "Mas existem vários grupos espanhóis,portugueses e brasileiros interessados", antecipou o especialista.
O leilão deveráocorrer entre o final do primeiro semestre e começo do segundo, mesma épocaprevista para os demais leilões de eletricidade previstos pelo governo federalem 2009. "Todos os leilões devem ser no final do primeiro semestre einício do segundo", disse, referindo-se também aos leilões para compra deenergia visando 2012 (A-3) e 2014 (A-5).
Licitação deBelo Monte
Já o leilão dausina hidrelétrica de Belo Monte, que será instalada no rio Xingu, no Pará,será realizado entre outubro e novembro. "(A escolha da data) não tem aver com crise, é mais com os prazos dos editais", afirmou Tolmasquim,"mas eventualmente pode ser até conveniente para dar mais fôlego aosinvestidores.
Ele disse nãotemer que a restrição de crédito do mercado atrapalhe os leilões, argumentandoque o setor elétrico brasileiro garante a contratação da energia por 15 anos,no caso das térmicas, e por 30 anos, nas hidrelétricas, o que dá estabilidadeao investidor e aos bancos que o financiam.
Barril a US$70Tolmasquim estimou também que a queda do preço do petróleo vai reduzir oscustos para as empresas explorarem a commodity no Brasil, refletindo a queda dopreço dos equipamentos, o que garantirá a manutenção do interesse deinvestidores.
"A crise,por incrível que pareça, pode vir a ser positiva, porque tem a queda de demandalevando o preço do petróleo a cair, e o Brasil tem projetos muito robustos, quemesmo com petróleo em baixa se mantêm", avaliou.
"É claroque pode ter um problema conjuntural de caixa, de alavancagem em um certomomento, mas olhando um pouco mais adiante para o Brasil, é uma grandeoportunidade", completou Tolmasquim.
Segundo oexecutivo, a perspectiva é de que o preço do petróleo se estabilize entre US$70 e US$ 75 no médio prazo, "e mesmo abaixo disso os projetos da Petrobrassão viáveis", ressaltou, sem saber informar se ocorre o mesmo nos projetosdo pré-sal, região de maior custo de exploração, mas com grande potencial devolume de produção.
Tolmasquimafirmou que a vocação de o Brasil se tornar um exportador de petróleo nãomorreu com a crise e que reduções momentâneas na autossuficiência alardeadapelo governo são normais. "Nesse momento a gente está numa transiçãorealmente, mas o Brasil vai ser um país exportador. Em algum momento importamais ou exporta mais, isso não é relevante, o importante é que a tendência écrescente", explicou.
15/01/2009
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