Estado planeja novo aeroporto para RP


São José do Rio Preto - Um novo aeroporto poderá ser construído em Rio Preto até 2017. Pelo Plano Aeroviário do Estado de São Paulo (Paesp), elaborado para o período entre 2008 e 2027, o município terá até 2012 para escolher uma nova área com 360 hectares para transferência do aeroporto “Eribelto Manoel Reino”, devido às restrições de expansão do mesmo, tendo em vista as exigências da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) decorrentes da operação da aviação regular. A implantação do novo aeroporto deve ocorrer entre 2013 e 2017, já com ampliação prevista até 2027. Os investimentos entre 2018 e 2027, segundo projeções feitas no ano passado pelo Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo (Daesp), são de R$ 107.830.435.
Pelo Plano Aeroviário aprovado pela Anac, o aeroporto de Rio Preto manteve a classificação de aeroporto regional e foi selecionado para compor a Rede de Aeroportos do Estado de São Paulo dentro do Plano Aeroviário do Estado de São Paulo. A mudança de local, segundo ofício encaminhado ao secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Negócios de Turismo de Rio Preto, Liszt Abdala Martingo, pelo superintendente de Infra-Estrutura Aeroportuária da Anac, Anderson Ribeiro Correio, deverá ocorrer também pelo fato da infra-estrutura atua do aeroporto local “apresentar afastamentos em desacordo com a legislação em vigor”.

Alto potencial
A escolha de Rio Preto para compor a Rede de Aeroportos do Estado de São Paulo se deve ao alto potencial sócio-econômico verificado no contexto estadual e a classificação de “regional de grande porte”, devendo desempenhar a função de atendimento à região Norte do Estado e estar capacitada para operação de aviões de passageiros do chamado “grupo 5” (Boeing 737-300, 737-600 e 737-700 e Airbus 320-200), atendendo a aviação regular de grande porte entre os anos de 2008 e 2012. Além disto, foi prevista também a operação de aviões cargueiros exclusivos do “Grupo 5” (B 727-200) entre 2008 e 20012.
Pelo Plano Aeroviário, além da escolha de uma nova área para construção do novo aeroporto, deverá ser elaborada uma lei municipal de uso do solo para o entorno da nova área. Enquanto o novo aeroporto não é construído, deverá ser implantada uma área de escape no aeroporto atual, a chamada “resa” (do inglês “runway end safety area”), com 90 por 70 metros no prolongamento das cabeceiras, após a faixa de pista, entre outras exigências. A última grande reforma do aeroporto de Rio Preto aconteceu no segundo semestre de 2005, com reforma e ampliação da pista.

Município
Para o secretário de Planejamento de Rio Preto, Milton Assis, o plano do governo do Estado que prevê a construção de um novo aeroporto, não pega o município de surpresa, uma vez que o assunto vem sendo discutido nos planos diretores de 1992 e 2006. “Esse plano do governo visa a atender a demanda que tem crescido e o município terá de realizar estudos para abrir opções”, disse. A primeira opção de área, segundo Assis, poderia ser na Zona Norte, além do rodoanel norte, nas proximidades do distrito industrial “Carlos de Arnaldo e Silva”.

Privatização
O Plano Aeroviário do Estado foi publicado no Diário Oficial em maio deste ano. No dia 18 de novembro, no entanto, o governador José Serra (PSDB) revelou que o governo estuda a concessão de aeroportos no interior de São Paulo à iniciativa privada. Na ocasião, a assessoria do Daesp informou que, dentre as 31 unidades administradas pelo órgão em todo o Estado, os aeroportos de Rio Preto e de Ribeirão Preto são os mais atrativos para a iniciativa privada, uma vez que seriam os únicos que dão lucro ao Departamento. Mas ainda não há definição sobre quando será publicada licitação e quais os termos que serão estabelecidos para a concessão.

Pista terá 2,2 mil metros
A proposta de construção de um novo aeroporto em Rio Preto prevê dimensões bem maiores do que a do atual. Entre as exigências, está a implantação de uma pista de pouso e decolagem com 2,2 mil metros de comprimento por 45 metros de largura e pista paralela com 2,2 mil de comprimento por 23 metros de largura, além de três pistas para taxiamento das aeronaves e ligação com 209 por 23 metros cada e um pátio de aeronaves com 65.520 metros quadrados. A pista atual tem 1.640 metros de comprimento. Além disto, deverá ser construída uma área de escape (“resa”), com 240 por 150 metros no prolongamento das cabeceiras, após a faixa da pista e realização de sinalização diurna e noturna da área de movimento.
O novo terminal de passageiros deverá ter 2,7 mil metros quadrados com área de 6.750 metros quadrados para estacionamento de veículo, implantação de sistemas de proteção de vôo, serviço de salvamento e combate à incêndio adequado, estação de radiocomunicação, entre outros detalhes. O Plano prevê ampliação do novo aeroporto já a partir de 2018, com prazo de conclusão até 2027. Entre as alterações que deverão ser feitas no período estão a ampliação do comprimento do pátio de aeronaves em 135 metros, totalizando 80.640 metros quadrados, ampliação do terminal de passageiros em mais 3,429 metros quadrados e do estacionamento para veículos totalizando 80.640 metros quadrados. Entre 2013 e 2017, o aeroporto terá de operar aviões do “grupo 6” (Airbus 300 e Boeing 767-200).

‘Internacionalização’ está descartada
A internacionalização de cargas do aeroporto “Eribelto Manoel Reino”, em Rio Preto, não deverá sair do papel antes de 2027. Um novo pedido de internacionalização foi feito em setembro deste ano pelo superintendente do Departamento Aerovinário do Estado de São Paulo (Daesp), Sérgio Augusto de Arruda Camargo, que encaminhou ofício à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) com informações técnicas e demonstração do interesse da administração pública em internacionalizar o transporte de cargas no aeroporto. O pedido, no entanto, foi negado. “A superintendência não considera oportuno emitir qualquer juízo de valor quanto a habilitação do aeroporto de Rio Preto ao tráfego aéreo internacional de carga, bem como caracterizar uma autorização para viabilizar infra-estrutura para carga internacional, como ação alternativa, visto que o aeroporto poderá vira a ser desativado, com a implantação da nova unidade aeroportuária prevista no Plano Aeroviário do Estado de São Paulo (Paesp)”, firmou o superintendente de Infra-Estrutura Aeroportuária da Anac, Sérgio Ribeiro Correia, em documento enviado ao secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e Negócios de Turismo, Liszt Abdala Martingo.
Segundo ainda o ofício, nos três horizontes de planejamento do aeroporto de Rio Preto (2008/2012, 2013/2017, 2018/20027), não é prevista a implantação do terminal de carga aérea. Martingo disse ontem que não concorda com a mudança de local do aeroporto e que o município terá de iniciar uma discussão técnica a esse respeito. “Os planos desses horizontes estão superdimensionados e precisam ser revistos. Precisamos tentar incluir essa proposta no Plano Aeroviário Nacional, que está sendo desenvolvido pela Anac, em conjunto com a Secretaria de Aviação Civil”, disse. Nesse documento, serão definidas as políticas e macro-diretrizes para o desenvolvimento dos aeroportos que contemplarão a rede de interesse nacional, bem como seu papel e função desempenhadas, considerando suas respectivas destinações (internacionais, nacionais, regionais, locais, turísticas, de integração social e de interesse de defesa do País).


05/12/2008

Fonte: Diário Web

 

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