Rio - Descoberta da Senepar em São Roque do Pinhal reaviva interesse pelas reservas da área. Em vez de água, petróleo. O que para petrolíferas, indústrias e governos à espera de royalties é sempre bem-vindo, para uma empresa de saneamento que procura apenas saciar a sede de um distrito de 600 habitantes está sendo frustrante. "Confesso que ficamos tristes, pois a vazão era suficiente para abastecer a região", conta Sidney dos Santos Damião, coordenador industrial da unidade regional da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) em Santo Antonio da Platina, noroeste do Paraná, ao comentar a descoberta de petróleo no distrito de São Roque do Pinhal durante a perfuração de um poço para fornecer água ao distrito. Agora, há a possibilidade da região ser incluída futuramente nos leilões de exploração da Agência Nacional do Petróleo (ANP).
A história, que já chegou às principais diretorias da Agência Nacional do Petróleo, começou em novembro, com a perfuração do poço. Depois de perfurá-lo, a Sanepar lacrou-o à espera do resultado de licitação para testes de vazão de água. Em fevereiro, com o resultado da concorrência, o poço foi reaberto com a confirmação do que técnicos já suspeitavam: a ocorrência de petróleo, junto da água.
A Universidade Federal do Paraná continuou os trabalhos de avaliação da região e geólogos estão pesquisando a qualidade do óleo por meio de sísmicas.
O resultado dos testes com as amostras de petróleo pode culminar em estudos geológicos, um pré-requisito para a inclusão da região nos leilões de áreas para a exploração de petróleo. A Agência Nacional do Petróleo Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) recebeu o óleo na quinta-feira passada. "Os resultados das análises de laboratório serão avaliados pela ANP para futuras decisões sobre a necessidade de novos estudos geológicos na área", informa a reguladora.
Considerada uma nova fronteira, a bacia do Paraná possui poucas informações, o que afugenta investidores na hora de decisões de exploração. Em face das dificuldades orçamentárias, a ANP traçou prioridades para a realização de pesquisas em áreas praticamente desconhecidas.
O município de Souza, na Paraíba, é um exemplo de região que ganhou prioridade na execução de estudos geológicos a partir de descobertas inusitadas. Agricultores da região encontraram petróleo sem planejar, o que levou a agência a priorizar pesquisas nos arredores.
A Bacia do Paraná está incluída nos planos decenais da ANP, pelos quais a reguladora prioriza as áreas que serão alvos do aprofundamento de estudos geológicos. De acordo com o superintendente da área, o geólogo Milton Franke, a exploração da bacia é do interesse da Agência. "A exploração da bacia apresenta interesse e a mesma faz parte do Plano Decenal da Agência Nacional de Petróleo.
Está programado para julho deste ano um Fórum do Paleozóico brasileiro, promovido pela Associação Brasileira dos Geólogos de Petróleo, ABGP, em que esta bacia será parte dos trabalhos", informa Franke.
A bacia cobre grande parte das regiões Sul e Sudeste do país e vem sendo alvo de pesquisa exploratória para petróleo há muitas décadas, segundo o geólogo. "Várias ocorrências de petróleo e gás natural foram encontradas durante os anos, mas até o momento nenhuma revelou-se viável técnica e economicamente", conta Franke.
kicker: Indícios de óleo apareceram com a perfuração de um poço para fornecer água à população.
06/04/2005
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