RJ: licitação faz prefeitura economizar 550 mil


As novas regras adotadas pela Secretaria de Administração da cidade do Rio de Janeiro para a compra da merenda escolar aumentaram as condições de concorrência, e os preços baixaram. Os descontos em relação à tabela de valores pré-fixados foram, em média, 12,97% contra 10,27% no ano passado. Foram escolhidas, pelo sistema de leilão com ofertas de preços no local, empresas para fazer o fornecimento a 346 unidades em Madureira, Deodoro e Jacarepaguá. A economia só nessas coordenadorias ficou em, pelo menos, R$ 550 mil. O leilão de preços foi feito na secretaria, na Cidade Nova.
As mudanças foram introduzidas após série de denúncias publicadas por O Dia. A licitação anterior tinha sido monopolizada pela Comercial Milano, que venceu 76% das concorrências e faturou contrato de R$ 75 milhões por um ano, transformando os De Luca, donos da empresa, nos "reis da merenda". Desta vez, perdeu na maioria dos grupos.
O ganho do município pode aumentar ainda mais quando houver disputa nas outras sete coordenadorias, já que no restante os preços praticados pela Comercial Milano são maiores ainda.
Dois grupamentos, entretanto, tiveram desconto menor do que o alcançado em 2005. Foi o caso do pão e da carne bovina. A comissão do pregão negociará para pelo menos equiparar com os valores oferecidos ontem com os anteriores ou terá que acabar prorrogando os contratos atuais desses itens.
Com condições de participação mais amplas, o fornecimento de alimentos para escolas e creches ficou mais equilibrado. Além da Milano, outras seis empresas firmarão contrato com a prefeitura, incluindo uma de Minas Gerais, a Fridel.
Funcionária diz que não era capaz
Contrariando informações dadas anteriormente à CPI da Merenda da Câmara de Vereadores, a representante da Vigilância Sanitária na licitação de 2005 disse que a vistoria do órgão municipal era obrigatória para todos os frigoríficos. Maria de Lourdes de Souza Moreira afirmou que isso só não seria necessário para quem tivesse a certificação federal.
A funcionária admitiu que, quando foi indicada para compor a comissão, alertou que se sentia incapaz, mas aceitou porque só iria omitir opiniões sobre o que entende. No entanto, na análise de documentos, teve que rubricar todo tipo de documentação. "Fiz o que me diziam para fazer. Mas me senti muito à vontade porque as pessoas da comissão me pareceram muito qualificadas". Mas ela não soube dizer o motivo da eliminação de empresas na sua área.


12/09/2006

Fonte: Terra Brasil

 

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