Rio - A Petrobras anunciou ontem um pacote gigante de encomendas junto à indústria naval brasileira. Serão 44 navios para transporte de petróleo e derivados, 40 sondas de perfuração de poços exploratórios e 146 embarcações de apoio às atividades petrolíferas em alto-mar. Apenas nesta última encomenda, que representa uma pequena parte do programa total, estão previstos investimentos de US$ 5 bilhões. Segundo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o objetivo é usar o enorme potencial de reservas no pré-sal para "industrializar" o país.
"Eu não quero que a Petrobras vire apenas uma grande exportadora de petróleo. Não quero que o presidente da República do Brasil coloque aquele pano na cabeça como se fosse um xeque do petróleo, não. Eu quero que a gente aproveite o petróleo para industrializar o país e consolidar o desenvolvimento baseado numa indústria nacional", discursou Lula.
Em entrevista coletiva após a cerimônia de lançamento do pacote, o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, explicou que ele será dividido em etapas. A primeira, que deve ser concluída nos próximos meses, é a contratação de dois superpetroleiros, com capacidade para transportar 300 mil toneladas de porte bruto (TPB), tipo de navio que não consta na frota da estatal.
Ao mesmo tempo, a Transpetro anuncia a abertura de licitação para contratar 23 navios para entrega até 2015. Outros 19 serão encomendados mais tarde.
A empresa preferiu não revelar o valor do investimento nesses casos, alegando que poderia influenciar os concorrentes na licitação. Em entrevista recente, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, chegou a afirmar que o pacote de encomendas da Petrobras junto à indústria naval chegaria a R$ 100 bilhões.
Uma outra etapa das encomendas será decidida em alguns meses e consiste na contratação das sondas de perfuração, equipamento nunca produzido no país.
ESTUDO - Segundo Gabrielli, a empresa terá de estudar a capacidade dos estaleiros locais antes de licitar as sondas. A idéia é, como ocorreu com os navios, manter um nível de nacionalização crescente, até que a indústria nacional se prepare para produzir integralmente no país.
As encomendas de sondas de perfuração fazem parte do esforço para acelerar a avaliação das descobertas no pré-sal, onde está o bloco de Tupi, com até 8 bilhões de barris em reservas.
A Petrobras tem hoje apenas duas unidades com capacidade para perfurar poços abaixo da camada de sal e precisa confirmar a existência de petróleo nos blocos onde tem concessão até o início do ano que vem, quando expira o prazo exploratório. Depois, terá entre três e cinco anos para avaliar as descobertas Uma das sondas está hoje testando a descoberta de Júpiter e a outra acaba de deixar Bem-Te-Vi, onde encontrou petróleo na semana passada, com destino ao projeto Iara, no norte de Tupi.
"Se deixássemos a nossa querida Petrobras trabalhar apenas com as cabeças empresariais que ocupam a diretoria, pensando em perdas e danos, obviamente ficaria mais fácil contratar lá fora. Lá talvez saísse até um pouco mais baratinho, seria mais rápido. Mas é preciso ter consciência de que a Petrobras não pode existir apenas para ser a sexta maior do mundo ou a terceira das Américas. Ela existe também para ser a alavancadora e geradora do desenvolvimento deste país", afirmou Lula.
27/05/2008
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