O governo do Estado formalizou abertura de licitação para contratar projeto funcional da Linha 20-Rosa, do Metrô, que deve ligar o Grande ABC à Capital, tendo o Centro de Santo André como ponto inicial do trajeto até o bairro da Lapa. Essa proposta lançada, ainda embrionária, embora antiga dentro do Palácio dos Bandeirantes, confirma a mudança idealizada no traçado e amarga o discurso do prefeito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), que já se vangloriava de o futuro modal, mesmo sem calendário previsto para sair efetivamente do papel, começar pela sua cidade.
O projeto da Linha 20 foi desengavetado por João Doria (PSDB) há um ano, justamente na data do anúncio do fim da Linha 18-Bronze, via monotrilho, e criação do sistema BRT (transporte rápido por ônibus, na sigla em inglês) no lugar. O edital em questão, publicado em junho, trata de prestação de serviços por empresa terceirizada para elaborar plano técnico de engenharia e estudo de impacto ambiental do Metrô. É considerado pré-projeto, primeiro passo do programa, para análise das intervenções. Pelo texto, a data de entrega das propostas – critério de menor preço – está fixada para amanhã.
Na divulgação do resgate da Linha 20, a projeção era que o traçado fosse a partir do Rudge Ramos, em São Bernardo, até a Lapa, na Zona Oeste de São Paulo. Em novembro, houve estudo do Metrô, registrado em relatório, para analisar a inclusão da Estação Prefeito Saladino, em Santo André. Com a oficialização do edital, a companhia indica, contudo, que a proposta pretende iniciar o trajeto pela Estação Celso Daniel, na região central. A cidade, que anteriormente sequer seria contemplada no plano, pode receber ainda outros dois pontos na sequência (Avenida Portugal e Príncipe de Gales).
A continuidade do traçado provisório, que consta no edital, abrange também as paradas Afonsina, Rudge Ramos e Taboão/Anchieta, em São Bernardo. O projeto inclui cerca de 31 quilômetros de extensão e 24 estações, que fariam conexão com outras dez linhas de Metrô e da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) – entre elas, 1-Azul, 5-Lilás, 4-Amarela e a própria 10-Turquesa –, além do BRT ABC, por baldeação na Afonsina. A companhia estima, de acordo com o documento, que a Linha 20-Rosa possa transportar aproximadamente 1 milhão de passageiros por dia, quando concluída por completo.
“O modo escolhido para esta ligação é o Metrô convencional”, diz trecho do termo de referência. Segundo a minuta do contrato, a empresa selecionada deverá apresentar alternativas de traçado, método de construção e localização de estações. A firma contratada terá até 32 meses para entregar projetos e estudos a partir da ordem de serviço.
A Linha 20, originalmente, era orçada em ao menos R$ 10 bilhões, porém com traçado menor do que o atual. O custo total, com a ampliação, pode ultrapassar a margem de R$ 30 bilhões, sob análise de R$ 1,17 bilhão por quilômetro. Se concretizada, a proposta tem previsões preliminares de entrar em funcionamento em meados de 2030, dada a complexidade do ramal, incluindo o período de contratações dos projetos básico e executivo, licitação para execução das obras e transcurso das intervenções.
Procurado, o Metrô não se pronunciou a respeito.
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