Marinho é indiciado por fraude em licitação e corrupção passiva


O ex-diretor da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) Maurício Marinho - que, em gravação divulgada pela revista Veja, afirmou haver um esquema de corrupção na estatal que seria comandado pelo presidente do PTB, deputado Roberto Jefferson (RJ) - acaba de ser indiciado pela Polícia Federal sob acusação de "fraude em licitação" e prática de "corrupção passiva".
A gravação, feita por dois homens não identificados, mostra Marinho recebendo deles R$ 3.000,00 em espécie sem fornecer recibo. Em entrevista após o depoimento à PF, Marinho negou a existência de um esquema de corrupção nos Correios e que o episódio foi uma "armação" contra ele. Disse que os R$ 3.000,00 se destinavam à formação de "uma parceria" em um negócio "particular" que seria fechado depois que ele saísse da ECT - pois estava para se aposentar.
Marinho afirmou que os dois autores da filmagem eram de uma multinacional, estiveram três vezes com ele e estariam fazendo "uma armação para alguma coisa maior". Disse também que, se não fosse ele o escolhido pela "multinacional", seria um outro funcionário dos Correios.
O ex-diretor da ECT afirmou ainda que não tem amizade com Roberto Jefferson, a quem só teria visto em três ocasiões. Reconheceu que, na conversa com os dois, falou demais e disse o que não deveria dizer.
Assim que o ex-funcionário da ECT terminou a entrevista, seu advogado, José Ricardo Baitelo, falou com os jornalistas e também afirmou que o episódio foi "uma armação". Não falou em "armação" contra Marinho, mas "armação com motivação política". Diferentemente de Marinho, Baitelo não disse que essa suposta armação política seria de autoria de uma "multinacional.
O advogado disse também que a Polícia Federal "vai apurar até onde vai a armação". Antes, em depoimento à Polícia Federal, Baitelo havia falado em "armação da direita militar".


25/05/2005

Fonte: Portal AZ

 

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