O novo terminal de minério de ferro do Porto de Itaguaí (RJ) despertou interesse de grandes empresas brasileiras e estrangeiras de mineração, além de um fundo de investimento e duas megaconstrutoras. Quarenta e uma empresas retiraram o edital de licitação para instalação e exploração do terminal, que exige investimento mínimo de R$ 329,2 milhões e terá capacidade para movimentar 24 milhões de toneladas por ano.
Entre os pré-candidatos à disputa estão a anglo-australiana BHP Billition Metais, a MMX Mineração (do empresário Eike Batista) e o Grupo Votorantim, além das construtoras brasileiras OAS e Camargo Corrêa. O fundo de private equity Angra Partners também retirou o edital e poderá entrar na disputa, assim como pequenas e médias mineradoras, que devem receber o apoio da inglesa London Mining.
Também aparece na lista a empresa Serveng-Civilsan, uma das principais acionistas da Companhia de Concessões Rodoviárias (CCR), maior empresa na área de rodovias na América Latina. As operadoras de terminais MultiRio e Wilson, Sons estão na relação de empresas, assim como diversas outras companhias dos setores de logística, de assessoria comercial e de engenharia.
A empresa vencedora da concorrência terá contrato de exploração do terminal por 25 anos, renováveis por mais 25 anos, com a Companhia Docas do Rio de Janeiro (CDRJ). O empreendimento tem taxa de retorno de aproximadamente 10% e será instalado em terreno de 245 mil metros quadrados, entre os terminais da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e Companhia Vale do Rio Doce (CVRD).
A Vale retirou o edital de licitação na sede de Docas do Rio, mas não poderá participar da disputa, como determina resolução da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), uma vez que já detém terminal no porto. Na mesma situação está a CSN, que retirou o edital por meio do terminal de contêineres Sepetiba Tecon (ST), que fica instalado no Porto de Itaguaí.
As pequenas e médias mineradoras do Quadrilátero Ferrífero de Minas Gerais foram as empresas que demonstraram mais abertamente a intenção de participar da disputa, principalmente as da Região da Serra Azul, que deverão contar com o apoio da London Mining. A inglesa acabou de comprar seu primeiro ativo no Brasil, onde investirá cerca de US$ 100 milhões para aumentar a produção.
Se bem-sucedido, o grupo aproximadamente seis mineradoras iniciará estudos para a construção de usina pelotizadora, a ser instalada no Rio ou em Minas, para agregar valor ao produto exportado. Essas empresas têm atualmente dificuldades para encontrar "janelas" de exportação nos terminais de minério de ferro de grandes grupos mineradores brasileiros.
Já o fundo de private equity Angra Partners concluiu em dezembro de 2006 a captação de R$ 698 milhões de seu fundo AG Angra Infra-Estrutura, em parceria com a construtora Andrade Gutierrez, e busca agora oportunidades para investir esses recursos. Recentemente, a japonesa Sumitomo também manifestou interesse no empreendimento, mas não consta na relação de empresas que retiraram o edital. A mineradora MMX retirou o edital, apesar de desenvolver o projeto do Porto do Açu, no Norte fluminense, que exigirá fôlego financeiro da ordem de R$ 4,6 bilhões. O porto será destinado à exportação de minério de ferro.
Dos R$ 329,231 milhões a serem investidos pela empresa vencedora, R$ 50 milhões serão pagos à vista para a CDRJ na assinatura do contrato. Outros R$ 14,312 milhões serão relativos aos custos do projeto do terminal. Segundo Docas, mais R$ 191,046 milhões terão de ser aplicados em equipamentos e R$ 123,8 milhões em obras civis do terminal de minério de ferro.
08/06/2007
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