O governador José de Anchieta anunciou com exclusividade em entrevista para a FolhaWeb, na segunda-feira, que ainda esta semana lançará edital de concorrência pública para recuperar a BR-174, no trecho que liga Boa Vista ao Município de Caracaraí. O projeto para a obra, aprovado no Departamento Nacional de Infra-Estrutura e Transporte (Dnit) em convênio com o Estado, está estimado em um valor inicial de R$ 96 milhões.
Atualmente, o Dnit mantém com o Governo do Estado dois convênios para obras na BR-174. O primeiro é referente à conservação e o outro é de revitalização da rodovia.
De acordo com José Pedro Christ, supervisor da unidade de Boa Vista do Dnit, com exceção do serviço de revitalização que está sendo realizado no trecho que liga Boa Vista ao Município de Pacaraima, os demais contratos de revitalização foram reincididos pelo Estado.
Christ disse que o cancelamento foi feito nos trechos da divisa dos estados do Amazonas e Roraima até Boa Vista. “Foi necessário cancelar os contratos, tendo em vista o estado de degradação da rodovia, onde o serviço de revitalização não alcançava seus objetivos”, afirmou.
O contrato de conservação foi realizado diretamente entre o Dnit e a empresa goiana Tescon Engenharia Ltda, pelo prazo de cinco anos. As obras tiveram início em 2004 e encerram em 2009, realizadas da Reserva São Marcos até Pacaraima, com a operação tapa-buracos. A obra custa aos cofres públicos R$ 8 milhões.
Já o contato de revitalização foi feito pelo Governo do Estado em convênio com o Dnit. A empresa Tescon Engenharia venceu novamente a licitação e tem um prazo de dois anos (de 2006 a 2008) para concluir as obras. O contrato está avaliado em R$ 40 milhões e é realizado no trecho que liga Boa Vista a Pacaraima.
“É preciso diferenciar essas obras. Da Reserva São Marcos a Pacaraima existe uma operação de tapa-buracos, e de Boa Vista a Pacaraima existe uma outra de revitalização. Numa área em que há um trabalho, não há o outro, além das empresas serem diferentes. O serviço é realizado justamente dessa maneira para que não ocorra duplicidade de pagamento. E os convênios são pagos de acordo com a produção das empresas”, enfatizou o representante do Dnit.
Existe ainda um terceiro convênio entre o Denit e o Estado de conservação da BR-174, no valor de R$ 19,2 milhões. As obras são realizadas em três áreas, por três empresas diferentes.
O primeiro trecho de responsabilidade da empresa paraense Construtora Meireles Mascarenha Ltda vai da divida do Amazonas com Roraima até a Vila do Equador. O segundo trecho de conservação é executado pela Tescon Engenharia e segue da Vila do Equador até Novo Paraíso.
As obras de recuperação do terceiro trecho são feitas pela empresa roraimense Construtora Araújo, no trecho que liga Caracaraí até Boa Vista.
Além disso, o Departamento Nacional de Infra-Estrutura e Transporte mantém um contrato de conservação de Novo Paraíso a Caracaraí. A obra que iniciou em 2004 e termina no próximo ano está orçada em R$ 6 milhões e é executada pela Cenge Construções Ltda do Amazonas.
Apesar da quantidade de serviços de conservação, o supervisor do Dnit afirma que essas obras não solucionam a causa do problema. “Esses serviços apenas mantêm a rodovia com melhores condições de trafegabilidade. Mas para resolver os problemas da BR-174 são necessários os serviços de restauração que agirão efetivamente nas causas dos problemas”, salientou.
Entre os principais problemas detectados nas condições da rodovia, segundo Pedro Christ, estão o excesso de peso dos veículos e o desgaste comum ao qual qualquer estrada pode chegar ao longo dos anos.
“Na época da construção da BR-174 não existiam veículos tão pesados como esses de hoje. E também há de se admitir que a rodovia já chegou ao seu limite. Por isso que o Dnit realiza convênios com o Estado para solucionar os problemas das estradas de Roraima”, afirmou.
Sobre a licitação anunciada pelo governador José de Anchieta para a BR-174, no trecho que liga Boa Vista ao Município de Caracaraí, o supervisor do Dnit disse que o projeto para a obra já foi aprovado e orçado inicialmente em R$ 96 milhões. Mas as obras devem iniciar apenas no segundo semestre deste ano.
“Não devemos esquecer que já estamos no mês de fevereiro e que em abril começa o inverno. Ou seja, existe um tempo hábil para conclusão dos trâmites legais de licitação, que devem ser concluídos quando o inverno já tiver chegado. E trabalhar no inverno é impossível”, afirmou.
De acordo com José Pedro Christ, as obras nesse trecho compreenderão desde o serviço de drenagem, passando pela sub-base e base até chegar no pavimento. A BR-174 tem 505,10 km de rodovia da divisa do Amazonas com Roraima até Boa Vista. E no trecho de Boa Vista até Pacaraima, possui 214,8 km de extensão.
20/02/2008
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