Rio - A Secretaria de Estado de Transporte e Mobilidade Urbana (Setram) divulgou, nesta sexta-feira (11), a data de abertura da licitação para a contratação de uma nova empresa que vai operar as barcas no estado do Rio. A concorrência eletrônica, marcada para o dia 22 de novembro, terá como critério de julgamento o menor preço global. O objetivo é modernizar o serviço.
"É mais uma conquista extremamente importante para a mobilidade urbana. O edital é resultado de mais de um ano de trabalho intenso, buscando a melhor solução para as 40 mil pessoas que utilizam o sistema todos os dias. Estamos atuando por um serviço cada vez mais eficiente e com base em dados técnicos", afirma o governador Cláudio Castro.
O processo de licitação foi iniciado em março deste ano, quando a Setram realizou uma audiência pública na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) para debater a nova modelagem do serviço com especialistas, usuários e representantes da sociedade civil.
"A equipe se empenhou ao máximo para desenvolver a nova modelagem, a partir dos estudos da UFRJ, e o edital, que agora está na praça", destacou o secretário de Transporte e Mobilidade Urbana, Washington Reis.
O novo modelo de prestação de serviços foi elaborado para substituir o atual, vigente desde 1998, apontado por estudos da UFRJ, como não sustentável economicamente. O modelo que será adotado terá um período transitório de 5 anos até que se encontre uma solução definitiva. A CCR Barcas, que opera o sistema desde 2012, deverá ficar à frente da operação até fevereiro de 2025, conforme Termo de Acordo homologado pela Justiça.
Principais mudanças da nova modelagem
Uma das principais alterações da nova modelagem é que o contrato será por Prestação de Serviço, já praticado em diversos estados brasileiros, como São Paulo e Espírito Santo. Com isso, o Governo do Estado será responsável pela fiscalização, pagamento e definição de investimentos futuros, consistindo em uma execução indireta, o que assegura total controle sobre a prestação do serviço.
A receita da tarifa paga pelo passageiro passará a ser do Governo do Estado e será utilizada para pagamento de parte do valor do contrato. Além disso, o Governo terá liberdade para ajustar a grade horária de viagens e o valor da passagem.
Outra novidade é que o novo operador será remunerado com base na quantidade de milhas náuticas determinadas a partir da grade atual, ao invés da tarifa paga pelo usuário. O valor de cada milha náutica é de R$ 1.446,40.
Está previsto ainda a criação de indicadores de performance mais modernos e controles ambientais. Vale destacar que não haverá redução de viagens ou horários e todas as linhas serão mantidas. Quanto a novos trajetos, os estudos da UFRJ incluem o trecho Paquetá-Cocotá e a linha social Charitas-Praça XV, cuja operação e valor da tarifa serão definidos junto à Prefeitura de Niterói. Outros trechos poderão ser criados, de acordo com a demanda de passageiros, a viabilidade econômica e a capacidade operacional.
Atenção com o meio ambiente
O prestador de serviço deverá contratar um sistema de limpeza da Baía de Guanabara, contribuindo para o meio ambiente e reduzindo danos às embarcações, além de providenciar estações de monitoramento da qualidade do ar.
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