A tentativa do governo Gilberto Kassab (DEM) de modernizar os semáforos de São Paulo, uma das medidas anunciadas por ele para reduzir os congestionamentos, sofreu um forte revés nos últimos dias, o que coloca em xeque a promessa do prefeito de substituir todos os equipamentos ultrapassados até o final deste ano.
Nenhuma empresa se interessou pela licitação aberta pela CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) para trocar 1.200 semáforos eletromecânicos por eletrônicos -a cidade tem cerca de 5.000 cruzamentos semaforizados-, em regiões como Pinheiros e Lapa.
A diferença entre os dois modelos é substancial: o eletrônico pode ter a programação alterada à distância, a partir da central da CET, de acordo com o tráfego, o que permite mudar os tempos do sinal para dar vazão a congestionamentos.
O programa de modernização é uma promessa antiga da CET, desde as gestões de Marta Suplicy (PT) e de José Serra (PSDB) até a de Kassab. O governo Kassab vê a medida como um trunfo contra a deterioração do trânsito.
"A diferença é tão grande que não há como comparar os efeitos dos dois sistemas no trânsito. O mecânico é obsoleto, ninguém usa mais", diz o engenheiro Luís Antônio Seraphim, ex-assessor da CET.
Para Seraphim, o fracasso ocorreu, provavelmente, por falhas na formulação do edital, em itens como preço e prazo de execução, por exemplo.
A versão oficial de empresas do setor de sinalização é a de que os preços previstos pela CET são muito baixos.
Segundo Marcelo Szyflinger, diretor da Cobrasin, a CET queria pagar metade da expectativa do valor de mercado. A Meng Engenharia diz não ter participado em razão das "condições comerciais" propostas.
A Folha apurou que, além do preço, empresas questionaram a viabilidade de trocar 1.200 semáforos num prazo curto, entre agosto e dezembro. Uma delas afirmou que é mais trabalhoso e demorado trocar os sistemas existentes do que instalar uma rede nova. E previa ainda transtornos devido à necessidade de desligar cada um dos semáforos por algumas horas para fazer o serviço.
Dentro da CET, a avaliação é de que houve um boicote pelo fato de a contratação prever um sistema que permite tornar compatíveis os equipamentos de tecnologias diferentes -evitando uma reserva de mercado.
O presidente da Abramcet (associação das empresas do setor), Silvio Medici, diz discordar até do mecanismo de pregão adotado pela CET. "Pregão não é adequado para produto de alta tecnologia."
18/07/2008
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