A economia crescendo menos pode afetar diretamente as concessões ferroviárias. A perspectiva do mercado é que o governo sinta ainda mais dificuldade para atrair potenciais investidores.
"Os projetos ferroviários são muito caros e de risco elevado. Não basta o governo oferecer linha de crédito, ele precisará participar como sócio e investir capital", diz o advogado e especialista em infraestrutura do L.O. Baptista-SVMFA, Fernando Marcondes.
Segundo o advogado, quando a EPL foi criada, há dois anos, o desenho da operação incluía sua participação societária nos projetos ferroviários. "Mas a operação continha imperfeições e não atraiu os empresários (o trem-bala, por exemplo, dificilmente sairá do papel)".
A falta de regras claras e segurança jurídica, para o advogado, é o principal afugentador de investidores. "A iniciativa privada busca negócios seguros para colocar seu capital, pois visa lucro para seus acionistas, e isso não é nenhum pecado. Sem regras claras e sem segurança jurídica, o acionista prefere manter seu dinheiro no mercado financeiro e isso acaba com qualquer possibilidade de crescimento".
Reclamações
Para o especialista em concorrência e professor de regulação da Universidade de São Paulo, Régis Leite, várias empresas pediram que ele fizesse estudos de viabilidade para entrar nas concessões ferroviárias, mas todas desistiram. "Ano passado fiz quatro estudos para vias diferentes, mas a reclamação constante era o baixo retorno dos investimentos e alto risco de calote da Valec", explicou ele, lembrando que outros dois estudos estão sendo feitos.
De acordo com o professor, o fato de a operação das ferrovias ficar sob concessão pública é vista com maus olhos pelo mercado, que preferia operar a capacidade dos trens para garantir o retorno sem depender das compras da estatal.
"Os projetos licitados têm baixa taxa de retorno, o que os torna pouco atrativos para as melhores empresas do setor e acaba também comprometendo o bom andamento da obra", finalizou o professor ao DCI.
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