O consórcio Keppel Fels/Brasfels, de Angra dos Reis, aliado à coreana Daewoo (Coréia) - que disputaria os navios dos lotes 1 e 2 - e o estaleiro Eisa, de Niterói, com tecnologia da STX (Coréia), interessado nos lotes 3 e 5, deverão recorrer da decisão da Transpetro que os desqualificou da licitação para a construção de 26 navios sob encomenda da estatal. A Transpetro entendeu que as empresas não apresentaram um projeto estruturado de financiamento das obras.
Carlos Filipe Rizzo, representante do estaleiro Fels Setal, avalia que houve um erro na preparação do edital. Como o Bras Fels está ocupado com grandes obras, o patrimônio líquido do estaleiro não permitiria que ele tomasse o financiamento total oferecido pelo Fundo de Marinha Mercante (FMM) para suportar a obra. Assim, ao invés de obter empréstimo de até 80% do FMM, o Bras Fels só conseguiria financiar 60% do valor dos navios com o fundo.
A dúvida da Transpetro foi como o consórcio financiaria os 40% restantes. "O importante é o momento da empresa quando entrar com o pedido de financiamento", disse Rizzo, referindo-se ao fato de que, quando o estaleiro concluir as obras em curso, seu patrimônio líquido será mais elevado, permitindo captar mais recursos no FMM.
Fontes do setor que não quiseram se identificar avaliaram as chances de cada um dos concorrentes a partir da desclassificação dos dois estaleiros. Segundo as fontes, o consórcio liderado pela Camargo Corrêa é considerado o favorito no setor para ganhar os navios de maior porte, dez suezmax. O Rio Naval disputa esses navios com a Camargo, mas poderá terminar levando os cinco navios aframax. O estaleiro Mauá Jurong foi o único a apresentar proposta para a construção de quatro navios para transporte de derivados de petróleo, mas o preço ficou acima do esperado pela Transpetro, o que poderá levar a uma renegociação dos contratos. O estaleiro Itajaí deve ficar com os três navios para transporte de GLP. Resta saber quem fará os quatro navios Panamax contidos no pacote.
Durante o evento, na sexta-feira, apenas uma das propostas dos consórcios foi aberta e o preço ficou acima do esperado, a do Mauá Jurong e Maric (China), envolvendo o lote 4 - quatro embarcações com capacidade de 65 mil a 80 mil toneladas de óleo cru cada. A proposta foi de US$ 83,838 milhões por cada navio, com aço comprado no Brasil, e de US$ 76,898 milhões, caso o aço seja importado.
"Eu esperava um preço menor. Vai haver negociação com o estaleiro, porque trabalhamos com um preço de referência", disse Sérgio Machado, presidente da Transpetro. Ele disse que a última negociação internacional de um navio desse porte girou em torno de US$ 40 milhões a US$ 45 milhões.
Os dois consórcios desqualificados tem até dia 17 para contestar a decisão da Transpetro. "O consórcio da Bras Fels não apresentou proposta de financiamento e o Eisa apresentou uma empresa com capital de R$ 4 mil. Não mostraram nenhum desejo de participar", afirmou Machado.
13/02/2006
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