Com a licitação perto do fim, aumenta a preocupação da indústria brasileira


Com as oportunidades de encomendas para projetos de renovação da esquadra da Marinha, fornecedores nacionais estão atentos à possibilidade de pedidos de isenção de conteúdo local por parte dos proponentes finalistas da construção das corvetas Tamandaré. Mesmo a Marinha ter negado qualquer solicitação, alguns fornecedores brasileiros estão defendendo que o conteúdo local seja assegurado no fornecimento das corvetas. Algumas entidades já estão se movimentando para garantir que a indústria local tenha proteção para que alguns proponentes, que estão mais preocupados, tenham a possibilidade de fornecer para o consórcio vencedor e criar aqui no Brasil. As instituições que fazem esta defesa acreditam que seja natural que os europeus tentem deixar todos os itens de alto valor agregado nos seus próprias industrias. Para elas só existem dois momentos para garantir esse conteúdo local alto: no edital e na execução. Elas consideram que a primeira etapa correu razoavelmente bem, restando a fase de agora para as definições finais.

O conteúdo local das novas corvetas só será baixo se a Marinha não estiver atenta e com diálogo aberto com fornecedores nacionais. As especificações dos proponentes europeus foram colocadas no mercado com seus respectivos projetos, seguindo regras e dados dos seus países de origem. São quatro projetos tão diferentes que é difícil saber os parâmetros, mas a Marinha vai compará-los para decidir. A liberdade dos projetos permitiu considerar navios comuns de cada país e produtos costumeiros dos estaleiros europeus, possibilitando melhores preços. Mesmo assim, alguns projetos poderão sofrer restrições de alguns proponentes.

A indústria de fornecedores acredita no potencial de fornecer, entre outros itens, equipamentos de serviços navais, bombas, motores elétricos, cabos, tubos, estruturas, instrumentação, amarras e cascos. Historicamente, o conteúdo local de navios de guerra costuma ser baixo. Os fabricantes locais reconhecem que armamentos e sistemas militares têm peso alto no conjunto e devem ser importados. Os navios militares a partir da construção das corvetas classe Inhaúma e nos navios de apoio logístico, com auxílio da diretoria de Engenharia Naval (DEN) da Marinha. Muitos destes fabricantes continuam no mercado e podem atender este projeto se forem convocados e se for permitido suas participações. Os quatro finalistas fizeram consultas e indagaram sobre os reais índices de conteúdo local, provavelmente para apurar suas planilhas. Numa primeira impressão, os alemães são os mais detalhistas na parte técnica e pedem informações bastante aprofundadas. Já os franceses colocaram índices de choque mais altos, que não são comprováveis por laboratórios brasileiros. Os italianos parece um corpo a frente, porque foram eles que fizeram o projeto.


05/11/2018

Fonte: O Petróleo

 

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