COB usa empresa sem licitação


A primeira remessa de dinheiro do governo federal ao COB para a candidatura do Rio de Janeiro à Olimpíada foi gasta sem licitação na contratação de uma consultoria internacional. Essa despesa inicial foi de R$ 3,5 milhões, pagos à EKS (Events Knowledge Services), que auxilia a Rio-2016.
O COB alega que a empresa tem "notória especialização no setor", o que dispensaria a licitação. Já o Ministério do Esporte afirma que o comitê lhe apresentou uma pesquisa de preços com três consultorias.
De fato, a EKS tem know-how em organização de Jogos. Sua criação está relacionada ao próprio COI (Comitê Olímpico Internacional) e tem no estafe australianos que trabalharam na Olimpíada de Sydney.
Só que que há pelo menos quatro empresas que prestam auxílios técnicos a candidaturas olímpicas similares aos da EKS. Ainda há outras consultorias que trabalham com comunicação e contato político com membros do COI, em um total de 30. O COB contratou Michael Payne nesta outra área.
"é um mercado de serviços, que está crescendo. é bastante especializado e não tem várias companhias", contou o consultor de comunicação inglês John Tibbs, que trabalhou para as candidaturas de Atenas-2004 e Pequim-2008- agora, defende Tóquio-2016. "Em geral, as organizações públicas fazem licitação. Vários contratos foram feitos assim."
Formado como empresa, o Comitê Olímpico Britânico, na candidatura para 2012, fez licitações para as contratações de consultores. O órgão tem financiamento público, mas contava com dinheiro de patrocínios.
"Londres 2012 Ltd era uma organização de aproximadamente 100 pessoas no seu pico e, embora mantivesse várias funções internamente, contratou vários consultores para diferentes assuntos (relações públicas, legais e internacionais)", informou a assessoria do Comitê Olímpico Britânico.
Já o COB é quase inteiramente financiado por dinheiro público. Houve uma doação de R$ 900 mil de pessoas físicas para despesas iniciais.
O governo federal já determinou que investirá R$ 80 milhões no Rio-2016. é aproximadamente o valor total estimado a ser gasto na candidatura.
Um convênio entre o governo e o comitê do final de dezembro do ano passado foi o primeiro passo. Estabelecia R$ 3,466 milhões para a contratação "de consultoria especializada em megaeventos esportivos para coordenar o desenvolvimento e a elaboração de todo o material técnico relacionado aos temas abordados no questionário para a candidatura".
O COB firmou contrato com a EKS. E pagou seus serviços iniciais com "recursos do setor privado". Assim, a empresa já trabalhou na revisão final ao questionário entregue ao COI referente à primeira fase.
A liberação do dinheiro do Ministério do Esporte só ocorreria em março deste ano.
O documento inicial levou o Rio-2016 à segunda fase da disputa olímpica. Mas a candidatura brasileira teve as piores notas de avaliação entre as quatro que ficaram na disputa -as outras três são Chicago, Tóquio e Madri. Agora, a EKS atuará no questionário da segunda fase.


15/06/2008

Fonte: Folha de SP

 

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