A troca de apoios entre o presidente Lula e o governador do Paraná, Roberto Requião, durante a campanha política, rendeu os primeiros frutos. A ministra Dilma Rousseff, da Casa Civil, esteve ontem em Curitiba e em Paranaguá para resolver pendências entre o governo federal e o estadual e tratar de investimentos e financiamentos. O encontro foi a portas fechadas e contou com a presença do ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, além de secretários estaduais e do governador do Mato Grosso do Sul, André Puccinelli.
Dilma disse que algumas reivindicações de Requião serão facilmente resolvidas, como o financiamento do BNDES para a construção da usina hidrelétrica de Mauá, que será feita em parceria pela Copel e a Eletrosul e custará cerca de R$ 1 bilhão. Outro tema, que envolve a dragagem do porto de Paranaguá, também não deverá ser problema, já que, segundo a ministra, "o governo federal irá aplicar R$ 1 bilhão na dragagem dos portos brasileiros", por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O Paraná, informou Dilma, estará incluído no PAC.
Um dos assuntos mais complexos da pauta foi a compra de títulos públicos dos Estados de Alagoas e Santa Catarina e dos municípios de Guarulhos e Osasco, pelo governo do Paraná no ano 2000, por R$ 456 milhões. O governo do Paraná decidiu que irá buscar na Justiça a declaração de nulidade desses títulos. A assessoria do governo informou, ainda, que as licitações para as novas praças de pedágio das rodovias federais (BR-116 e BR-376) serão suspensas.
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