Após 5 anos, licitação de ônibus de SP abre sem concorrência


SÃO PAULO - Após cinco anos de atrasos, batalhas judiciais, ajustes do Tribunal de Contas do Município (TCM) e um gasto acima dos R$ 30 bilhões em contratos de emergência, a aguardada licitação das linhas de ônibus de São Paulo não trouxe nenhuma nova empresa para a cidade de São Paulo nem disputa: em 31 dos 32 lotes lançados ao mercado, houve proposta de apenas uma empresa, sempre a atual operadora.

Algumas empresas mudaram de nome, mas permaneceram na disputa. É o caso da Metrópole Paulista, empresa da Ruas Invest, do empresário José Ruas Vaz, dono da empresa VIP. A maioria, entretanto, nem isso fez.

O único lote em disputa é uma área da zona leste, na região de São Miguel Paulista. Ali, as operadoras Transunião e Imperial, formadas a partir de antigas lotações e que competem entre si, se inscreveram para a disputa.

Essa é a maior licitação pública para transporte público do País, com contratos estimados em R$ 71 bilhões, por um prazo de duração de 20 anos. Enquanto as empresas têm de apresentar coletivos melhores, com ar condicionado, suspensão a ar, tomadas USB e outros benefícios, não há perspectiva nos contratos de redução nos custos do serviço, que atualmente consomem R$ 3,3 bilhões em subsídios pagos pela Prefeitura.

O recebimento dos envelopes com as propostas comerciais e os documentos de habilitação técnica ocorre nesta terça-feira, 5, no Instituto de Engenharia, na Vila Mariana, zona sul. A Prefeitura ainda vai marcar a data para a abertura da proposta com os preços.

Dois fatores inviabilizaram a competição: o fato de as atuais empresas já terem garagens na cidade (empresas de fora teriam de comprar ou alugar espaços, em regiões com terrenos caros) e o prazo para início de operação curto, de 120 dias, que dificulta a compra de ônibus novos por outras empresas -- no caso das empresas que já atuam na cidade, no ano passado, a Prefeitura passou a remunerar coletivos novos, facilitando a troca de ônibus.

Para o Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), a falta de concorrência tende a encarecer o preço da passagem. O pesquisador de mobilidade do instituto, Rafael Calábria, afirma que "sem concorrência, é menor as chances de novas propostas, o que não reduz os preços e pode encarecer a tarifa".


05/02/2019

Fonte: Estadão.com

 

Avisos Licitações

04/12/2025

Abertura de licitação prevê compra de nova ambulância para Rolim de Moura

A Prefeitura de Rolim de Moura anunciou a abertura...

04/12/2025

Prefeitura de BH abre licitação para ampliar vagas de estacionamento rotativo

A Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da BHTran...

04/12/2025

Codeba abre licitação para obras em porto de Ilhéus; valor não foi informado

A Companhia das Docas do Estado da Bahia (Codeba) ...
Notícias Informativo de Licitações
Solicite Demonstração Gratuita