Viegas nega possibilidade de atrasos em licitação de caças

BRASÍLIA (Reuters) - O ministro da Defesa, José Viegas, disse na quarta-feira esperar que o governo siga em frente com os planos de adquirir caças novos para a Força Aérea e negou especulações de que esse projeto seria adiado.
Recente rumores circularam entre as empresas envolvidas na disputa, avaliada em mais de 700 milhões de dólares, davam conta de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva poderia colocar esses planos na geladeira devido aos limites nos gastos e as pressões por maiores investimentos em projetos sociais.
Pouco antes de assumir a presidência, Lula adiou a compra alegando que queria investir em programas sociais e no programa Fome Zero.
O resultado da licitação, que deve ser a maior deste tipo na história recente da América Latina, deve ser anunciando ainda no primeiro semestre deste ano.
"Não acredito que haja um adiamento da decisão," disse Viegas em entrevista concedida à Reuters na qual disse ainda que nenhuma data foi estabelecida para o anúncio e que isso se trata de uma decisão presidencial.
Na disputa pelo contrato estão a norte-americana Lockheed Martin, com seu caça F-16, a BAE Systems, a sueca Saab com o caça Grippen, e a russa Sukhoi com o Su-35.
A francesa Dassault se aliou a Embraer para fornecer uma versão especial do caça Mirage.
A aquisição de novos caças permitirá ao governo substituir os Mirages antigos utilizados atualmente.
Viegas disse que seu Ministério já completou sua parte no processo ao elaborar as especificações técnicas dos aviões que foram enviadas ao presidente há meses.
"O Ministério da Defesa não tem preferência por nenhum avião", disse.
A decisão final deve ser tomada pelo conselho nacional de segurança, composto pelo presidente, vários ministros e líderes do Congresso.
Depende do presidente convocar uma reunião do conselho para tomar uma decisão e "a Força Aérea está preparada para implementar a decisão que o presidente venha a tomar", disse o ministro.

27/05/2004

Fonte: Aol Notícias