Terracap lança hoje edital para gestão privada do complexo do Mané


A Terracap lança, hoje, o edital para a gestão privada do Centro Esportivo de Brasília (ArenaPlex), que abrange o Estádio Mané Garrincha, o Ginásio Nilson Nelson, o Complexo Aquático Claudio Coutinho e as quadras poliesportivas. A partir da publicação do edital, os interessados terão 45 dias para apresentar as propostas. A abertura dos envelopes será em 8 de fevereiro de 2018 e a expectativa da estatal é de assinar o contrato até abril. O vencedor da licitação assume a concessão por 35 anos e pagará à Terracap R$ 5 milhões por ano e porcentagem sobre ganhos eventuais. No entanto, mesmo com o contrato milionário para compensar a quantia gasta somente na estrutura do Mané Garrincha, serão necessários 320 anos de concessão — considerando apenas o valor fixo.

A empresa tem pressa em entregar a gestão do espaço que coleciona prejuízos. Só a estrutura do Mané Garrincha custou R$ 1,6 bilhão — a arena mais cara construída na Copa do Mundo brasileira — e a obra do estádio está envolvida em diversos escândalos de corrupção (leia Para saber mais). A Polícia Federal fala em R$ 900 milhões em sobrepreço. Além disso, perde-se quase R$ 1 milhão por mês na manutenção desses equipamentos. O Mané Garrincha, por exemplo, está há sete meses sem receber qualquer partida oficial de futebol. Segundo a Terracap, o deficit de todo o ArenaPlex é de R$ 10,6 milhões anuais. O governo arrecadou R$ 2,4 milhões alugando o complexo, mas gasta R$ 13 milhões com manutenção.

Diante da ociosidade, a estatal teve dificuldades para encontrar investidores no modelo atual de uso do complexo. A saída foi a inclusão no edital de licitação de um projeto que permite a construção de um boulevard entre o Mané Garrincha e o Autódromo Internacional Nelson Piquet. Será uma espécie de calçadão onde poderão ser construídos empreendimentos imobiliários, como lojas.

Entretanto, a ideia de novas construções desagradou o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), por se tratar de área tombada. Desde julho, a Terracap tenta lançar a licitação, mas por conta da disputa com o órgão de proteção do patrimônio, o documento ficou pronto seis meses depois do esperado, até que se chegasse a um acordo. “O edital atrasou porque procuramos segurança jurídica. A Segeth (Secretaria do Território e Habitação) fez as diretrizes de uso do lote e tomou todo cuidado. Além disso, dialogou com o Iphan”, explica Júlio César Reis, presidente da Terracap. “A ideia final será que o espaço funcione como uma rambla de Barcelona, uma espécie de boulevard monumental”, explica João Veloso, gerente de formatação de negócios da Terracap.

De acordo com Veloso, o projeto de parceria público-privada só se tornou sustentável com a inclusão da construção dos empreendimentos comerciais. “Sem essa possibilidade, a operação não seria viável nem atrativa para o setor privado e o poder público teria que entrar com alguma contrapartida, o que não queríamos”, comenta. Segundo o edital de licitação, o local poderá ter academia, cinema, teatro, casa noturna, lojas âncora, restaurantes, praça de alimentação, clínicas e loja satélite.


22/12/2017

Fonte: Correio Braziliense

 

Avisos Licitações

04/12/2025

Abertura de licitação prevê compra de nova ambulância para Rolim de Moura

A Prefeitura de Rolim de Moura anunciou a abertura...

04/12/2025

Prefeitura de BH abre licitação para ampliar vagas de estacionamento rotativo

A Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da BHTran...

04/12/2025

Codeba abre licitação para obras em porto de Ilhéus; valor não foi informado

A Companhia das Docas do Estado da Bahia (Codeba) ...
Notícias Informativo de Licitações
Solicite Demonstração Gratuita