A suspensão pelo governo brasileiro da licitação para a compra de 12 caças, na qual o russo Su-35 era favorito, diz respeito à falta de recursos e pode favorecer o modelo americano F-16, disse hoje um especialista militar da Rússia.
Fontes oficiosas russas revelaram que o Brasil cancelou a licitação, na qual o Sujoi-35 russo competia com o Mirage-2000 francês, o Gripen sueco-britânico e o F-16, com o argumento de que esses modelos ficariam obsoletos dentro de poucos anos.
Konstantin Makiyenko, diretor-adjunto do Centro de análise de estratégias e tecnologias da Rússia, comentou que "se as Forças Aéreas dos países do mundo se guiassem por argumentos dessa índole, a aviação militar deixaria de se desenvolver".
"É evidente que a causa real do cancelamento da licitação é a falta de recursos financeiros para implementar esse programa F-X", cujo objetivo é modernizar a frota de aviões de combate da Força Aérea brasileira, disse o especialista à Interfax.
A empresa Sujoi não quis comentar a notícia, mas um porta-voz da companhia estatal russa para a venda de armas Rosoboronexport também colocou em dúvida a explicação oficial e afirmou que a verdadeira razão da decisão do Brasil é de caráter de política interna.
O porta-voz mencionou a delicada situação no país por causa das acusações feitas contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva por esconder denúncias sobre corrupção, além do recente corte do orçamento fiscal do país para reduzir a despesa pública.
Licitação
A licitação para a aquisição dos doze caças foi convocada em 2001, com um preço estimado em cerca de 750 milhões de dólares e a perspectiva de compra posterior de outros 50 aviões, o que aumentaria o contrato para 3 bilhões.
Nestes anos, todos os consórcios rivais e seus respectivos governos fizeram à parte brasileira propostas atrativas de cooperação conjunta e investimentos para reforçar suas possibilidades de ganhar a licitação.
A Rússia, segundo a imprensa, no caso do Brasil escolher os Su-35, propunha comprar 30 aviões para média distância para sua companhia de aviação Aeroflot ao consórcio aeronáutico Embraer, que formalmente disputa uma licitação com a canadense Bombardier, a ucraniana Antonov e várias empresas russas.
Makyenko disse que o Su-35 russo, versão modernizada do Su-27 de geração anterior, e seu principal rival, o Mirage 2000-5Br francês, são "caças polivalentes mais que modernos".
Na sua opinião, como alternativa à compra de aviões novos, o Brasil planejará a aquisição de caças "de segunda mão", situação que favoreceria o F-16 da Lockheed Martin.
"Esses aparelhos pode ser oferecidos a um preço módico e, ao mesmo tempo, permitirão que o Brasil dê um grande passo tecnológico em relação a seus atuais F-5 e Mirage III obsoletos", disse.
Ao mesmo tempo, sugeriu a governo russo ofereça ao Brasil os caças retirados do serviço e modernizados segundo a versão Su-27 SKM, cuja vantagem são maior raio de ação e duração de vôo, o que é crucial para patrulhar os extensos territórios amazônicos.
A Rosoboronexport, por sua vez, propõe que o Brasil alugue os Su-35, em vez de comprá-los, e se mostrou disposto a entregar quatro aviões imediatamente e montar os oito restantes.
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