O governo do Distrito Federal lançou nesta sexta-feira (3) o edital com as regras para a licitação que vai contratar uma empresa ou consórcio para tocar a restauração do viaduto do Eixão Sul que desabou em 6 de fevereiro, na região central de Brasília.
De acordo com o edital, publicado no Diário Oficial, a empresa terá cinco meses para concluir os trabalhos. A previsão de gasto é de R$ 12,86 milhões.
Este valor é menor do que os R$ 15 milhões que o governo tinha estimado quando apresentou o projeto de recuperação. Para fazer a reforma, o GDF decidiu demolir as outras quatro faixas que ficaram de pé. Inicialmente, também, não descartava a possibilidade de fazer uma contratação emergencial, em vez desta licitação.
Na época, duas das seis faixas da estrutura cairam sobre a Galeria dos Estados. Ninguém se feriu, mas quatro carros ficaram soterrados após queda do bloco. Um restaurante também foi danificado.
Impasse sobre demolição
O imbróglio sobre a demolição – ou não – do viaduto começou quando engenheiros da Universidade de Brasília (UnB) e do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea) contradisseram o governo do DF e recomendaram a demolição completa do viaduto.
O laudo da UnB dizia que a degradação da estrutura havia ultrapassado o "dobro do limite crítico". Na mesma linha, o Crea concluiu que os pilares de sustentação estavam corroídos e comparou a situação do viaduto com uma "casca de ovo".
O GDF, por outro lado, até então insistia na recuperação da estrutura, sem necessidade de demolição completa. Em março, o governo decidiu acatar a recomendação da universidade e optou por demolir todo o viaduto do Eixão Sul.
O restante do complexo viário também vai passar por reformas. A corrosão das estruturas internas, inclusive, foram apontadas como motivo para o colapso do viaduto. No entanto, em maio deste ano o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) barrou o projeto apresentado pelo governo local para reconstruir a estrutura.
De acordo com o órgão, a proposta do GDF fere o tombamento de Brasília porque altera a arquitetura original. "A Superintendência do Iphan no Distrito Federal, em seu parecer sobre o viaduto da Galeria dos Estados, não aprovou o projeto apresentado pelo DER-DF/Novacap por entender que altera fortemente a arquitetura original e compromete a integridade arquitetônica e urbanística e, por extensão, do conjunto da Plataforma Rodoviária e sistema viário complementar."
Entenda o caso
Parte do viaduto do Eixão Sul desabou na manhã de 6 de fevereiro, a menos de 1 km da Rodoviária do Plano Piloto. A estrutura cedeu e esmagou quatro carros, além de danificar um restaurante da Galeria dos Estados. Apesar da gravidade do acidente, não houve feridos.
O desabamento alterou o trânsito no Eixão. Às pressas, o DER teve de construir duas pequenas pistas de ligação para desafogar o tráfego na região dos setores Comercial e Bancário Sul.
Uma série de declarações à imprensa, inclusive cobranças por mais orçamento à manutenção dos viadutos, custou o cargo do então diretor do DER, Henrique Luduvice, exonerado no dia seguinte ao desabamento. O professor da UnB Márcio Buzar assumiu o cargo.
03/08/2018
04/12/2025
Abertura de licitação prevê compra de nova ambulância para Rolim de Moura
A Prefeitura de Rolim de Moura anunciou a abertura...04/12/2025
Prefeitura de BH abre licitação para ampliar vagas de estacionamento rotativo
A Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da BHTran...04/12/2025
Codeba abre licitação para obras em porto de Ilhéus; valor não foi informado
A Companhia das Docas do Estado da Bahia (Codeba) ...03/12/2025
Estado firma convênios e autoriza licitação para obras de infraestrutura em 14 municípios baianos
O Governo da Bahia anunciou, nesta quarta-feira (3...