Santo André faz licitações para reformar unidades de saúde


Santo André finaliza neste mês as licitações para as obras das sete unidades de saúde fechadas no fim de julho de 2017. Com exceção da US (Unidade de Saúde) do Bairro Campestre, que reabrirá em janeiro de 2019, seis postos voltarão a atender no segundo semestre, conforme projeção do Paço. Na primeira metade do ano, quatro equipamentos serão reinaugurados.

Segundo a Prefeitura, a licitação para intervenções na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Jardim Santo André, que chegarão aos custos de R$ 786 mil, já foi publicada e está em análise de recursos. As propostas financeiras devem ser abertas na próxima semana e a expectativa do governo é reinaugurá-la em setembro. Até lá, os moradores terão de contar com o PA (Pronto Atendimento) da Vila Luzita.

O governo também diz que as habilitações das obras nas USs da Vila Humaitá (R$ 838,7 mil), Jardim Bom Pastor (R$ 432,6 mil), Parque Novo Oratório (R$ 564,6 mil) e no Centro de Especialidades III (R$ 393,6 mil), na Vila Vitória, serão publicadas na próxima semana. Para primeira quinzena de fevereiro, a administração espera lançar os editais para intervenções nas unidades do Campestre e Parque das Nações.

O cronograma estipulado pela Secretaria de Saúde prevê que a US do Parque Novo Oratório voltará às atividades em agosto, seguida pelas USs Parque das Nações e Humaitá (ambas têm reaberturas projetadas para outubro), Bom Pastor (novembro) e o Centro de Especialidades III (dezembro).

Em nota, o governo justifica que antes das obras de informatização e revitalização estrutural desses postos, eram necessárias as remoções do mobiliário e equipamentos médicos, para em seguida, diagnosticar os problemas estruturais das edificações. Toda essa etapa foi realizada por meio de mão de obra da própria Prefeitura de Santo André.

Outros quatro postos
Enquanto destrava as licitações das sete unidades para reabri-las a partir de agosto, a gestão andreense espera reinaugurar, no primeiro semestre, outros quatro postos. Fechados desde 2016, as UPAs Bangu e Centro voltarão a atender, respectivamente em abril e maio, dando início ao cronograma estipulado pela administração.

Também em maio, o governo visa reinaugurar as USs do Jardim Irene e Utinga, que esperam pelas mesmas intervenções de modernização e informatização dos outros sete postos fechados no ano passado. Entretanto, o Paço optou por não fechá-las enquanto realiza as intervenções estruturais.

As obras são uma das etapas do programa Qualisaúde, que segundo o governo, vai além das intervenções na estrutura física das unidades. Em nota, o Paço diz que as medidas têm como finalidade modernização em toda a rede de saúde do município, passando por qualificação profissional, informatização e humanização.

Todas as outras 27 USs passarão por obras de modernização e reestruturação, para implantação de um novo padrão de atendimento, com prontuário eletrônico e armazenamento de medicamentos por código de barras. No entanto, o governo não vislumbra a possibilidade de fechar outros postos, devido ao desgaste perante a população.

Postos estão fechados há seis meses (fotos abaixo)
Seis meses se passaram após o governo do prefeito de Santo André, Paulo Serra (PSDB), decidir fechar sete postos de saúde. A justificativa era que as unidades seriam modernizadas para melhor atender a população. Hoje, porém, os equipamentos, que deveriam receber uma média de 1.820 pacientes por dia, estão abandonados, com acúmulo de lixo e entulhos, e em alguns casos, com edificações deterioradas. Por sua vez, o Paço informa que os processos licitatórios pelas intervenções saem neste mês.

No fim de julho, a Prefeitura fechou as USs (unidades de saúde) do Parque Novo Oratório, Bairro Campestre, Vila Humaitá, Parque das Nações, Jardim Bom Pastor, além da UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Jardim Santo André e do Centro de Especialidades III, na Vila Vitória. A medida fazia parte do programa QualiSaúde, um plano de modernização e informatização do atendimento.

Entretanto, ao percorrer as sete unidades de saúde, o RD não viu sinal de obras de modernização. Em vez disso, o que se observa são transtornos à população. Em meio à campanha de vacinação contra a febre amarela, as unidades de saúde estão cobertas com tapumes e até muros. Abandonadas, muitas estão pichadas e, por dentro, tomadas pelo mato, concentrando insetos e até ratos, conforme relatos de munícipes.

Um dos casos mais graves é a US da Vila Humaitá, que atendia em média de 300 pessoas por dia. Por fora, o equipamento é coberto por muros pichados e com a placa orientando os moradores a se deslocarem às USs do Centreville e da Cidade São Jorge. Por dentro, há um prédio deteriorado, janelas quebradas, lixo, entulhos e o piso tomado pela crescente vegetação.

Centreville
“Faz 60 anos que moro aqui (na Vila Humaitá) e nunca fecharam. E os moradores precisam dessa unidade”, diz a dona de casa Dalvanir Franco Souza Rego, 80 anos. “Eu fui no posto do Centreville e não há nem lugar para a moça marcar consulta. Agora essa unidade (aqui) está tendo mosquito e já vi até rato”, critica a manicure Jane Lucia dos Santos, 34 anos, que reside em frente à US.

Transtornos a moradores também ocorrem na US do Parque Novo Oratório, por motivos similares. “Estou com vários problemas. Como o posto foi abandonado, lá dentro se cria muitos insetos. Toda hora vem na minha casa lesmas e besouros. Também há rato. E o pessoal ainda deixava entulho por lá”, relata a autônoma Cristiane Burba, 44 anos, vizinha da unidade, que antes atendia em média 250 pacientes por dia.

A dona de casa Rosa Maria Guelere, 69 anos, também é vizinha da US do Campestre, hoje fechada por tapumes, mas que antes recebia cerca de 350 pacientes por dia. “Esse posto faz muita falta. E como moro ao lado, vejo muita gente vir aqui, principalmente idosos. É difícil para eles irem até a (US) Vila Guiomar”, explica.

Ao lado do Centro de Especialidades III, que atendia 110 pessoas por dia, Manuel Batista, 67 anos, tem uma banca, onde vende doces e salgados, como forma de sustento. “O meu negócio realmente fracassou (desde o fechamento da unidade). Sou pobre, eu realmente preciso desse negócio. Mas o que dá dó mesmo é o pessoal com criança, deficientes, pessoas com idade, que mal tem dinheiro para pagar a passagem (de ônibus) e vem aqui para não ser atendido. O dia inteiro, dou informação a quem vem aqui”, cita.

Segundo a Prefeitura de Santo André, as USs do Parque das Nações e Jardim Bom Pastor, recebiam, em média, 350 e 200 pessoas diariamente. Já a UPA Jardim Santo André prestava atendimento a aproximadamente 260 pessoas a cada dia.


02/02/2018

Fonte: Repórter Diário

 

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