Promessa eleitoral, reintegração do transporte de Curitiba depende de licitação metropolitana


Rafael Greca (PMN) e Ney Leprevost (PSD), candidatos à prefeitura de Curitiba, prometem retomar a integração da gestão da Rede Integrada de Transportes assim que forem eleitos.

Se houver vontade política, isso é possível em um curto espaço de tempo. Mas precisará combinar com os empresários do setor e com os demais prefeitos da região metropolitana, que precisam ser envolvidos na discussão da licitação das linhas metropolitanas e da criação de um sistema verdadeiramente integrado, conforme preconiza o Estatuto das Metrópoles.

No começo do ano passado, a gestão da RIT foi desintegrada após a prefeitura de Curitiba e o governo Beto Richa não se entenderem sobre o valor do subsídio estadual para equilibrar as contas do sistema metropolitano, que tem linhas mais longas e deficitárias. Sem acordo, 106 das 356 linhas da rede passaram a ser gerenciadas pela Comec.

O órgão estadual para a região metropolitana então decidiu repassar a gestão do sistema de bilhetagem às empresas. E elas contrataram uma empresa diferente da que opera em Curitiba.

O resultado disso foi a substituição de todos os validadores, bem como dos sistemas de comunicação e localização dos veículos. O período de transição entre os cartões durou seis meses, mas toda a integração das linhas metropolitanas a esse novo sistema demorou um ano.

Lessandro Zem, presidente da associação das empresas metropolitanas de transporte coletivo, afirma que vê grandes dificuldades para a retomada de uma gestão unificada.

“O usuário vai enfrentar uma nova situação e teremos alguns ‘nós’ a serem desatados. Hoje, são mais de 250 mil pessoas utilizando o novo sistema Metrocard. Muitas delas, inclusive, aderiram a benefícios oferecidos pelo nosso sistema, como o cartão pós-pago da Mastercard. Uma situação possível é a existência de sistemas independentes de gestão, mas com uma agência reguladora geral fazendo a fiscalização disso tudo.”

Esse sistema ao qual Zem se refere, inclusive, teve um custo que inicialmente ficou a cargo das próprias empresas. A Metrocard alugou os serviços da Transdata por R$ 256 mil mensais para 715 validadores (R$ 358 por equipamento, incluindo a locação dos softwares, manutenção e também os próprios validadores).

Caso seja levado ao fim (o prazo é de 72 meses), o contrato custará R$ 17,7 milhões.

Curitiba, por sua vez, tem um contrato de manutenção com a Dataprom e planeja lançar um edital de licitação do seu sistema de bilhetagem até o próximo mês de novembro.

Nada impede, porém, que os dois sistemas utilizem o mesmo cartão e sejam integrados. Em São Paulo, por exemplo, a SPTrans contrata equipamentos de bilhetagem de mais de uma empresa e os usuários usam apenas um cartão, o Bilhete Único. O mesmo cartão também é válido nas redes do CPTM (trens) e Metrô, que não necessariamente operam com a mesma empresas dos ônibus.

Licitação das linhas metropolitanas ocorrerá até 2017, promete Comec

Seja qual for a decisão do novo prefeito, ela terá de obedecer ao novo Estatuto das Metrópoles, aprovado em janeiro do ano passado. A Comec informou que está elaborando as diretrizes básicas do Plano de Mobilidade Regional que servirá de base para a licitação que deverá ocorrer no ano que vem. Atualmente, apenas o sistema de Curitiba é licitado. As linhas metropolitanas operam por meio de autorizações precárias.


13/10/2016

Fonte: Gazeta do Povo

 

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