Brasília - Grupo formado por empresários e servidores atuava no Senado, na Abin e em 5 ministérios. A Operação Mão-de-Obra, deflagrada na manhã de ontem pela Polícia Federal, culminou com a prisão de seis integrantes de uma quadrilha que fraudava licitações milionárias para prestação de serviços de informática, limpeza e segurança em órgãos públicos. Pelo menos 20 pessoas estão envolvidas, entre empresários, empregados das empresas e servidores públicos. O esquema funcionava no Senado, na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e em cinco Ministérios -Justiça, Ciência e Tecnologia, Transportes, Trabalho e Emprego e Minas e Energia (Departamento Nacional de Produção Mineral).
Donos de três empresas de Brasília -Conservo, Brasília Informática e Ipanema- articulavam entre si o domínio das licitações. Com funcionários públicos, conseguiam informações e documentos privilegiados em troca de favores e propinas, e ofereciam dinheiro e outras vantagens a quatro empresas de menor porte para que não participassem das concorrências. Os empresários que aceitaram o aliciamento também serão enquadrados no crime de fraude a licitação.
As fraudes aconteciam há pelo menos quatro anos, de acordo com a assessoria da Polícia Federal. Cerca de 15 contratos foram firmados com as empresas durante esse tempo, mas os valores ainda não foram mensurados, a não ser a quantia de R$ 25 milhões referente a um dos contratos firmados com o Senado Federal.
Esquema milionário
Entre os seis integrantes do esquema criminoso que foram presos está o dono da Conservo, Vítor Cugula, apontado como líder do bando. Ele foi detido ontem pela manhã em Bicas, município do Sul de Minas Gerais. Cugula foi encaminhado à superintendência da Polícia Federal em Brasília, onde prestou depoimento até o começo da tarde de ontem.
Além dele, a PF prendeu o proprietário da Ipanema, José Carvalho de Araújo, e o gerente dessa empresa, Paulo Duarte, que já trabalhara na Conservo. Araújo é tido como a "peça-chave" do esquema, por ser quem entrava em contato com os funcionários dos órgãos públicos e demais empresários. Também foram detidos o dono da Brasília Informática, Márcio Pontes Veloso; Rosana de Souza Cardoso, funcionária da Conservo; e Geraldo Luis Ferreira dos Santos, servidor público do setor administrativo da Abin.
Outros seis funcionários públicos suspeitos de fazer parte da quadrilha não foram presos, mas, mas serão indiciados. Os envolvidos no novo escândalo responderão pelos crimes de fraude de concorrência pública, formação de cartel dos empresários), formação de quadrilha, corrupção passiva e ativa.
A Abin distribuiu nota, segundo a qual atuou juntamente com a PF, "nos procedimentos de busca e apreensão ocorridos no órgão desde as 6 horas da manhã de hoje (ontem)". Além das prisões, os 170 policiais federais que participam da operação cumprem 30 mandados de busca e apreensão nas empresas investigadas, em órgãos públicos e residências.
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