Prefeitura gasta mais de R$ 7 mi com segurança

Apesar da Guarda, nova licitação é aberta para contratar mais vigias
Mesmo com a disposição de cerca de 60 guardas municipais, a Prefeitura de São José do Rio Preto gasta R$ 7 milhões ao ano com segurança em prédios públicos.
Ontem foi aberta nova licitação para contratar empresa privada que faz vigilância na Secretaria de Agricultura, instalada no Recinto de Exposições. O valor estimado para o contrato não foi divulgado pela Secretaria de Administração.
Criada originalmente para cuidar do patrimônio público, a Guarda Municipal hoje tem a principal atividade voltada para a fiscalização do trânsito. Isso ocorreu por causa de um decreto do prefeito Edinho Araújo (PPS) que autoriza a guarda a multar. Foram mais de 13 mil autuações aplicadas desde a criação, em setembro do ano passado.
“A Guarda Municipal só funciona como agente de trânsito”, diz o secretário de Administração, Luís Roberto Thiesi.
Para garantir segurança em patrimônios públicos, a prefeitura mantém três contratos. No Terminal Rodoviário e no Parque Ecológico, onde há 18 seguranças, o gasto anual é de R$ 360 mil. Nas quatro policlínicas que funcionam 24 horas por dia o gasto é de R$ 342 mil ao ano. O maior contrato é referente à vigilância em creches, escolas, praças e UBSs (Unidade Básica de Saúde). O custo anual é de R$ 6,3 milhões.
O decreto que autorizou a guarda a multar motivou reação do Ministério Público e de vereadores, que tentam cancelar a função de agente de trânsito instituída pelo prefeito Edinho Araújo.
A prefeitura afirma, por meio da assessoria de imprensa, que serão contratados tantos seguranças quantos forem necessários para cuidar o dia todo da Secretaria de Agricultura.
Segundo a administração municipal, os guardas serão mantidos na fiscalização do trânsito, pois o TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) se manifestou favorável à função de agentes de trânsito instituída à Guarda Municipal.

23/05/2007

Fonte: Bom Dia Rio Preto