O temor de que escolas de samba rivais dividam o mesmo teto levou à suspensão, por tempo indeterminado, da licitação para a construção das Fábricas de Sonhos. O projeto da chamada cidade do samba, que deveria sair do papel no ano que vem, prevê a instalação de todos os barracões das escolas do Grupo Especial na Barra Funda (zona oeste de SP), a um quilômetro do Sambódromo do Anhembi.
A área, ao lado do fórum da Barra Funda, pertence ao município e tem 77 mil metros quadrados. Hoje é ocupada por um campo de beisebol e por um clube gerido pela associação dos ex-alunos de medicina da Santa Casa, que resistem em sair.
Segundo a prefeitura, a questão foi levantada pelo TCM (Tribunal de Contas do Município), em relatório sobre a licitação. Além de perguntar como escolas ligadas a torcidas organizadas (como Mancha Verde e Gaviões da Fiel) dividiriam o mesmo espaço, o órgão questionou como as agremiações que caírem ao Grupo de Acesso vão lidar com a obrigação de sair da fábrica.
Pela concepção do projeto, o contrato vale por um ano e os que caem não o renovam para dar lugar às escolas ascendentes. O mesmo ocorre na Cidade do Samba do Rio, complexo aberto em 2006.
Além dos barracões, o projeto prevê um centro de formação de profissionais e um memorial do samba. É orçado em R$ 129 milhões.
Em São Paulo, o TCM confirmou que houve apontamentos sobre as Fábricas de Sonhos (a cidade do samba paulistana), mas não divulgou o conteúdo do relatório. Após as ponderações, a Emurb (Empresa Municipal de Urbanização) decidiu pela suspensão. Segundo a empresa, a retomada será breve.
Para Luiz Sales, membro da comissão de Carnaval e assessor de projetos estratégicos da SPTuris (empresa municipal de turismo), as questões do TCM, apesar de válidas, são de quem "não é do mercado". "Essa questão de torcidas já está superada. Sem falar no exemplo do Rio de Janeiro." Segundo ele, todas as escolas concordam com o projeto.
Em 2007, Mancha e Gaviões chegaram a trocar os casais de mestre-sala e porta-bandeira para simbolizar um acordo de paz entre as agremiações.
Racha
Paz entre as torcidas, racha nas escolas. Em abril, uma cisão na Liga Independente das Escolas de Samba de São Paulo gerou outra entidade carnavalesca, a Super Liga.
Agora, as duas dividem a missão de administrar o Carnaval nos grupos Especial e de Acesso. Para o folião, nada mudará, garantem. "Não sabemos os motivos [da suspensão da licitação]. Esperamos um retorno do prefeito, mas estamos na correria para o desfile", afirmou Sidnei Carrioulo, presidente da Liga Independente.
04/12/2008
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