A chuva inconstante da manhã desta quarta-feia (5) mantinha o barro úmido nas ruas do Jardim Fernanda, localizado na região Sul da cidade. Os moradores pedem a melhoria há mais de 30 anos. Com muita chuva, as ruas se tornam rios, porque não há sistema de escoamento. E quando não chove, o pó predomina no bairro. Os muros das casas têm coloração avermelhada por causa das ruas e a poeira agrava o estado de saúde de pessoas com problemas respiratórios. Apenas as ruas por onde o ônibus passa são asfaltadas.
Mas a situação deve mudar. A Secretaria de Administração de Campinas publicou no dia 28 de outubro, no Diário Oficial do Município, o aviso de licitação para contratar uma empresa que fará pavimentação e drenagem nas ruas do bairro. As obras serão feitas em cerca de 2,5 quilômetros de vias e estão orçadas em R$ 4,9 milhões. Após a contratação, que deve ocorrer neste semestre, a empresa terá 18 meses para concluir o serviço.
Entrega de envelopes
A sessão pública de entrega dos envelopes será no próximo dia 24. A situação no Jardim Fernanda é antiga, e motivo de diversas reportagens do Correio Popular.
Em 2008, cerca de 250 moradores do bairro fecharam as duas pistas da Rodovia Santos Dumont (SP-75) por meia hora para protestar contra a falta de asfalto no bairro e pedir melhorias na área de saneamento básico, educação e saúde.
Em 2012, uma nova reportagem mostrava como o problema afetava a rotina dos moradores. A falta de asfalto na Rua José Romualdo de Oliveira causou alagamento na Escola Estadual Paul Eugene Charbonneau. Quando chovia, a lama invadia as dependências do colégio.
Carro atola
“Quando chove, tem barro. O carro atola. Vira um rio, porque não tem para onde a água ir. Desde sempre foi assim, moro aqui há 20 anos”, disse a doméstica Altina Ribeiro Vitório, de 61 anos. Ela caminhava ontem por uma das ruas do bairro com a filha, Rosemilda, e a neta Yasmim. As três revezavam entre a calçada — muitas sem cimento — e as ruas, com lama.
A comerciante Cremilda Maria Leão da Silva, de 54 anos, conta que a falta de asfalto atrapalha a rotina, porque deixa mais difícil o acesso aos locais. “Tem muito buraco, estraga todo o escapamento, a parte de baixo do carro. E em casa fica sujo. Coloco tapetinho na entrada para tentar evitar a poeira. Não vence limpar”, contou. Cremilda mora desde o início da década de 80 no bairro.
Segundo ela, os pedregulhos melhoraram o trânsito na via, mas que a chuva deve levá-los embora. Ontem, a rua em frente ao comércio de Cremilda, chamada Professor Estevan Guedes, já acumulava buracos com água empoçada. “Não dá para deixar as crianças brincarem aqui. Tenho medo de cortarem o pé, alguma coisa de ruim. Tomara que o asfalto venha. Vai melhorar tanto nossa vida”, disse.
Outros bairros
O projeto de pavimentação inclui ainda outros 19 bairros de Campinas. Entre esta semana e a próxima serão publicados mais dois avisos de licitação para pavimentação do Jardim Alto Ipaussurama, com investimentos de R$ 4 milhões (1,6 quilômetro), e outro para a pavimentação de 7,5 quilômetros da Vila Esperança, com o orçamento de R$ 14,7 milhões.
Todas as obras fazem parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) II — que envolve 19 bairros da cidade que serão pavimentados. De acordo com o secretário de Administração, Silvio Bernardin, até o final desse ano os processos dos bairros Jardim Noêmia, Jardim do Lago (continuação da pavimentação) e Eldorado dos Carajás devem ser finalizados.
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