Porto de Recife prepara edital para dragagem


O porto do Recife lança ainda este mês o edital de licitação para a realização da dragagem de 400 mil metros de sedimentos depositados no canal de navegação e em áreas próximas aos berços de atracação. Além dos serviços de dragagem, a diretoria do porto pretende inserir, no mesmo edital, a pavimentação de 12 mil m² da área primária do terminal.
Os dois serviços estão orçados em R$ 3,5 milhões. A melhoria das instalações e das condições de atracação fazem parte do projeto de desenvolvimento do porto para a atração de novos investimentos. O porto pretende arrendar diversos armazéns, além de implantar terminais pesqueiros, centrais de distribuição e arrendar a operação de um silo graneleiro, para ampliar o volume de cargas e a receita portuária.
Com a dragagem prevista, o calado do porto em frente ao chamado armazém zero, onde se localiza o terminal açucareiro, a profundidade passará dos atuais 8,5 metros para 10 metros. A outra seção da dragagem, em frente ao armazém 9, terá sua profundidade ampliada de 7,5 metros para 9 metros.
"O porto funciona bem, mas existem dificuldades operacionais. Um navio graneleiro que pretenda descarregar 30 mil toneladas, por exemplo, em primeiro lugar tem que descarregar cerca de 8 mil toneladas em uma outra área e levar esta parte da carga por caminhões. Enquanto isso o navio se dirige ao seu real terminal de destino. O custo desta operação chega a US$ 30 mil", diz Caio Melo, presidente do porto.
Os serviços de dragagem estão orçados em R$ 3 milhões. Após os serviços realizados o porto poderá receber navios com até 60 mil toneladas de peso bruto (TPB). Atualmente, as maiores embarcações que aportam naquela unidade chegam a 40 mil TPB. A pavimentação do terminal tem como objetivo otimizar as operações de carga e descarga além de melhorar o acesso viário e evitar problemas como os alagamentos. Os vencedores da licitação deverão ser conhecidos no início de setembro e o serviços estão previstos para começar no final do mesmo mês.
A melhoria na infra-estrutura do porto deve atrair novos investimentos privados. O diretor de operações portuárias, Leão Diniz, diz que nos próximos 60 dias serão avaliados pelo menos seis outros editais que deverão ser lançados ainda este ano.
Os seis projetos em análise envolvem uma central de distribuição da empresa de alimentos Pilar; uma área para estacionamento de veículos; operação de um silo portuário e de um armazém destinado a cargas gerais; além da cessão de uma área destinada a receber coque de petróleo e a implantação de um terminal pesqueiro.
A busca pela diversificação do mix de cargas do porto é uma constante. Atualmente, os granéis representam 85% da movimentação do porto que, em média, é de 1,5 milhão de toneladas por mês. O terminal pesqueiro visa otimizar os trabalhos da empresa Ocean Star, empresa de capital misto ligada ao grupo panamenho Gilontas e a um empresário brasileiro do Rio Grande do Sul. A Ocean Star está investindo US$ 25 milhões na aquisição de 25 embarcações pesqueiras com capacidade individual entre 20 e 60 toneladas de peixes oceânicos.
De acordo com o representante da empresa, William Pan, a companhia já está em operação há dois meses. Segundo ele, a empresa espera capturar até 10 toneladas de peixes como o atum e meka (um peixe de alto valor comercial) destinados à exportação para os Estados Unidos, Europa e Ásia.
"Recife possui uma localização estratégica para nossas atividades. Além disso, o porto oferece boas condições e é apropriado para o nosso serviço. O aeroporto é bastante próximo e a oferta de vôos internacionais é muito boa, o que possibilita a exportação do pescado ainda fresco. Em Cabedelo (PB), a distância entre o porto e o aeroporto é muito maior e a oferta de vôos internacionais é pequena", justifica Pan.
De acordo com Caio Melo, a receita portuária gira em torno de R$ 1,5 milhão por mês. Deste total, aproximadamente R$ 200 mil são originários de arrendamentos de áreas já efetivadas. "Com estas novas operações a receita gerada pelo arrendamento poderá dobrar. Além disso, uma maior movimentação de cargas amplia substancialmente a receita portuária", diz.
No ano passado, o porto registrou uma movimentação de 2,4 milhões de toneladas. Deste total, cerca de 660 mil toneladas foram de cargas em contêineres. Estas cargas tinham como destino original o Porto de Suape, mas em função de diversos problemas enfrentados por aquela unidade acabaram sendo redirecionadas para o Porto do Recife. Neste exercício, descontada a movimentação atípica de cargas conteineirizadas registradas em 2003, a expectativa é de que o volume de cargas cresça 20%. (PE)


09/08/2004

Fonte: Valor Econômico

 

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