Brasília - Em meio a elogios mútuos entre o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e o governador do Rio, Sérgio Cabral, a União liberou ontem a primeira parcela para a construção do Arco Rodoviário na região metropolitana da capital fluminense, com a promessa da dupla de que as obras vão "mudar a cara do Rio", na voz de Lula, e "mudar o eixo da economia do Estado", na previsão de Cabral. Até quinta-feira, entrarão R$ 100 milhões na conta aberta pelo Estado na Caixa Econômica Federal para receber verbas do Programa de Aceleração do Crescimento, o famigerado PAC.
Os recursos, segundo o ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, serão para o processo de licitação e o início das obras, dividas em quatro etapas. O vice-governador Luiz Fernando Pezão, também secretário de Obras do Estado, adiantou que o dinheiro será usado para o pontapé do anel viário. "O projeto entregue ao governo está dividido em quatro trechos. Vamos licitá-los até mês que vem e em janeiro começaremos as obras", revelou o secretário.
Tanto entusiasmo e agilidade no processo tem seus motivos políticos e econômicos. O arco, sonho antigo do Rio, conforme lembrou Cabral em discurso no Palácio do Planalto, vai movimentar o Estado não somente no setor de transportes. Os 75 quilômetros da obra estão orçados em 928 milhões - sendo R$ 700 milhões de verbas federais - e vão gerar milhares de empregos diretos e indiretos. "Lula sabe o que essa obra representa para o Rio. O presidente tem colocado o Estado na dimensão que ele merece", comentou Cabral.
Num tom político, o governador lembrou que o Rio superou a má fase de relacionamento com o governo federal, numa crítica indireta aos seus antecessores Anthony Garotinho e Rosinha Matheus, ambos adversários de Lula. "Passamos uma fase de o Rio ficar choramingando. Hoje temos uma agenda positiva graças ao presidente", acrescentou.
Logo depois de Cabral, foi a vez de Lula corroborar o tom das críticas, em referência às gestões anteriores no Rio. O arco, segundo lembrou, é um sonho de duas décadas do Rio que agora vira realidade, com uma forte parceria entre os governos. Nesse mesmo período, os governadores que passaram pelo Palácio Guanabara nunca tiveram uma boa relação com o Planalto. "Nos últimos 26 anos - não quero culpar ninguém a essa altura do campeonato - tivemos momentos rápidos pensando que o milagre havia acontecido e víamos que não havia milagre algum. As coisas estão todas confluindo de forma positiva como se tivéssemos uma energia superior dizendo ‘Agora é a vez do Brasil", avaliou Lula.
Lula e Cabral conclamaram os empresários a investirem na região do Arco Rodoviário. No Palácio, o governador do Rio anunciou também que o Ministério das Cidades liberou mais recursos para o início das obras na favela do Pavão/Pavãozinho. Serão obras para construção de creches, abertura de ruas e saneamento, segundo Cabral. "Não estamos fazendo nenhum favor ao Rio, mas cumprindo o papel do governo federal", complementou Lula. O presidente e Cabral não fizeram fez qualquer referência ao assunto do momento: a CPMF.
13/11/2007
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