Piquete cancela licitação de vans


Rio - Foi anulada a primeira etapa da licitação de 491 linhas de vans intermunicipais do Grande Rio. Piquete de motoristas insatisfeitos com o corte de 63,4% no total de permissões impediu que topiqueiros entregassem as propostas ontem. Como não houve postulantes, o Detro cancelou o lote de 21 itinerários de Guapimirim e Mesquita para o Rio e declarou guerra: portaria publicada hoje no Diário Oficial suspende as 48 autorizações temporárias que estavam em vigor. Com isso, nenhuma van poderá mais circular nesses trajetos. Os motoristas passam a ser considerados piratas e podem ser pegos em blitzes do órgão.
Para que a população não seja prejudicada com o fim das vans, o Detro determinou que as empresas de ônibus de Mesquita e Guapimirim aumentem o número de veículos para suprir a demanda da região.
SEM REMARCAÇÃO
“Não vamos remarcar a licitação. Eles tiveram a chance e não quiseram aproveitar; por isso a concorrência foi declarada nula. Isso demonstra que há pessoas que não querem a legalidade. Eles querem a desordem, mas não vamos admitir. Agora, perderam a permissão e serão reprimidos. Que isso sirva de exemplo para as próximas licitações”, alertou Rogério Onofre, presidente do Detro. As propostas deveriam ter sido entregues na Gare Barão de Mauá, na Av. Francisco Bicalho, no Centro.
Para Sérgio Loureiro Macedo, presidente do Sindicato do Transporte Alternativo do Rio (Sintral), que orquestrou a manifestação e o piquete de ontem, o Detro não pode suspender a permissão dos topiqueiros. “É uma postura de represália. Ele não tem o direito de fazer isso porque estão todos legalizados”, disse Sérgio.
“A Justiça determinou que as atuais concessões fossem mantidas até a realização da concorrência. A licitação aconteceu, mas ninguém apresentou proposta. Agora, a ordem judicial não vale mais para essas duas linhas e eles passam a ser piratas”, afirmou André Luiz Cid Maia, do departamento jurídico do Detro.
INTIMIDAÇÃO AMEDRONTA MOTORISTAS
Topiqueiros ligados ao Sintral armaram o piquete às 9h, uma hora antes da abertura da gare. Cerca de 150 manifestantes defendiam, com um carro de som, que ninguém entregasse os envelopes. Uma equipe do 4º BPM (São Cristóvão) não interveio na manifestação.
Apesar de não ter havido ameaças, muitos topiqueiros não tiveram coragem de transpor a barreira. “Poderia até conseguir entrar e entregar, mas e depois? O que iam fazer com o meu carro?”, questionou Leonardo Correia de Mesquita, 29 anos, há quatro na linha Guapimirim-Central.
O motorista Horácio França, 46, estava desesperado. “Sempre fui legalizado em tudo na minha vida e agora vou ser considerado pirata”, protestou. Horácio vai correr o risco de ser pego rodando com sua van entre Guapi e a Central. “Tenho três filhos para criar”, defende-se.
Sérgio Loureiro Macedo nega que tenha havido coação. Segundo ele, o grupo tinha o objetivo de ‘sensibilizar’ outros motoristas. O presidente do Sintral acrescentou que vai entrar na Justiça pedindo a suspensão do processo até que o Detro licite as 1.805 vagas solicitadas pela categoria.
Rogério Onofre pediu reforço à PM para amanhã, quando o Detro recebe os envelopes das linhas de Itaguaí, Queimados e Nilópolis.


06/08/2008

Fonte: O Dia On Line

 

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