A Polícia Federal apreendeu R$ 24,9 mil em notas de R$ 50 e R$ 100 na casa do ex-presidente da comissão de licitações do Ministério da Saúde, Mário Machado da Silva, em Minas Gerais. Ele é um dos suspeitos de integrar suposta quadrilha que fraudaria licitações da pasta, descoberta durante a chamada Operação Vampiro.
A Agência Folha tentou entrar em contato com Silva ontem, mas não pôde falar com ele na sede da PF em Brasília, onde ele está preso, nem conseguiu identificar quem seria seu advogado.
A operação de busca e apreensão começou na tarde da última terça-feira e só acabou na madrugada de anteontem. Na residência de Silva, em Pirapora (a 347 km de Belo Horizonte), foram apreendidos ainda US$ 3.000, uma lancha da marca Fibrafort 160, um Ford Pampa GL ano 1986, três celulares e documentos, entre outros objetos.
No dia 19 passado a PF havia apreendido em Recife o equivalente a R$ 97 mil em dólares e euros, além de R$ 114 mil, no apartamento do ex-coordenador-geral de Recursos Logísticos do ministério Luiz Cláudio Gomes da Silva, assessor de confiança do ministro da Saúde, Humberto Costa. Gomes da Silva também foi preso por suposto envolvimento em fraudes de licitações.
Patrimônio
O mandado de busca na casa do ex-presidente da comissão de licitações foi expedido pelo juiz Clóvis Barbosa Siqueira, da 10ª Vara Federal em Brasília, a pedido do Ministério Público Federal.
A casa de Machado da Silva em Pirapora, embora erguida em um bairro antigo e de população mais pobre, é uma construção de dois andares às margens do rio São Francisco. Está avaliada em cerca de R$ 400 mil, de acordo com a delegada da PF Josélia Braga da Cruz, que comandou a operação. Segundo a delegada, já há indícios de que a renda de Machado da Silva é incompatível com seus bens.
De acordo com o Ministério da Saúde, ele ingressou na pasta como datilógrafo em 1978 e foi chefe da divisão de medicamentos da pasta entre março de 2000 e agosto de 2003 (gestões José Serra, Barjas Negri e Humberto Costa no ministério), período em que acumulou a presidência da comissão de licitações.
Como datilógrafo, o salário de Machado da Silva era de R$ 1.555,90. Como chefe da divisão de medicamentos, seu salário líquido passou para R$ 2.057,66.
As concorrências 11 e 12 do ministério, iniciadas em 2002, e de que Machado da Silva participou, foram alvo de denúncias de irregularidades. Uma sindicância interna do ministério inocentou o funcionário e outros dois ex-integrantes da comissão de licitações, também presos na operação.
Entre a documentação apreendida na casa de Machado da Silva, foram encontradas também notas fiscais do ministério. Para a delegada Josélia da Cruz, a que mais chamou a atenção foi uma nota de empenho de 1994 no valor de R$ 5,1 milhões, referente a apoio logístico de uma campanha publicitária sobre DST (Doenças Sexualmente Transmissíveis).
"Não justifica, dez anos depois, uma nota dessa estar na casa dele", disse a delegada.
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