A Polícia Federal do Ceará cumpriu vários mandados de busca e apreensão em Juazeiro do Norte, Crato e Fortaleza. Na casa de José Eugênio Pereira Paiva, genro do prefeito de Juazeiro, Carlos Alberto da Cruz (PFL), a polícia apreendeu documentos que indicariam o envolvimento em licitações fraudulentas.
A Polícia Federal (PF) cumpriu ontem 15 mandados de busca e apreensão nos municípios de Juazeiro do Norte, Crato e Fortaleza e apreendeu documentos que indicam o suposto envolvimento de José Eugênio Pereira Paiva, genro do prefeito de Juazeiro do Norte, Carlos Alberto da Cruz (PFL), em um esquema de licitações fraudulentas que envolveriam a Prefeitura de Juazeiro.
Os policiais encontraram na residência de Pereira Paiva, em Fortaleza, material de contabilidade e 30 mil dólares. Na casa de outro suspeito, João Luiz Pitombeira, dono da empresa JR Comercial Ltda, foi apreendido um revólver calibre 32 e documentos.
O superintendente da PF, João Batista Paiva Santana, negou que a operação, batizada de ''Juazeiro'', tivesse alguma ligação com a operação Sentinela, realizada ontem em Brasília, envolvendo empresas que prestam serviços a órgãos públicos e funcionários do Tribunal de Contas da União (TCU).
João Batista explicou que a Operação Juazeiro nasceu de uma sindicância feita pela Câmara dos Vereadores de Juazeiro do Norte. O esquema das supostas fraudes envolvem três empresas, a JR Comercial Ltda, CDP de Moraes e a empresa Antônio José Silvestre Batista, esta última, segundo o superintendente da PF, seria o nome de uma pessoa usada como ''laranja''. João Batista disse que as empresas agiam com servidores municipais para sempre ganhar as licitações promovidas pela Prefeitura de Juazeiro do Norte.
Segundo o policial, a evidência de ligação do genro do prefeito de Juazeiro no esquema é o fato dele ter sido presidente da Comissão de Licitação, diretor do Almoxarifado e, hoje, exercer a chefia do Departamento de Compras da Prefeitura.
As empresas participavam de concorrências de gêneros alimentícios para o Programa Nacional de Alimentação Educacional, materiais de escritório, didáticos, de limpeza, peças e acessórios para veículos, móveis, equipamentos eletroeletrônicos, esportivo e ar condicionado.
De acordo com o superintendente da PF, as licitações eram feitas de forma dirigida para que as três empresas ganhassem, chegando a corromper concorrentes para garantir a vitória na disputa. ''Tem empresa declarando que foi oferecida uma quantia em dinheiro para que ela aumentasse o preço de sua mercadoria, para que perdesse a licitação. Afinal, ganha quem oferece o menor preço'', disse, informando que o esquema movimentou cerca de R$ 3 milhões desde 2001.
A operação contou com a participação de 60 policiais, atendendo ao pedido de busca e apreensão emitido pelo juiz federal 11ª Vara, Danilo Fontenelle. Além dos documentos, arma e US$ 30 mil, a PF também apreendeu documentos, microcomputadores, CD-ROMs e outros documentos.
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