A Petrobras já abriu a licitação internacional para a renovação de sua principal apólice anual de seguros e espera concluir a operação até junho.
As condições não devem ser muito diferentes das de 2007 quando a petroleira contratou, com um custo de aproximadamente US$ 35 milhões em prêmios, uma apólice envolvendo US$ 40 bilhões em importância segurada, afirmou Jorge José Nahas Neto, o executivo responsável pelo gerenciamento de riscos e seguros da companhia.
Nahas estava ontem em Buenos Aires como palestrante da "Conferência Latino-Americana de Seguros em Energia", promovido pelo grupo Aon Risk.
Segundo o executivo, a abertura do mercado de resseguros brasileiro não vai fazer diferença na renovação da apólice deste ano. "A Petrobras já acessava o mercado livre no exterior", disse Nahas, explicando que há anos a empresa coloca 90% dos riscos junto a seguradoras no exterior através do IRB. Isso é porque o mercado segurador brasileiro não tem capacidade financeira para absorver localmente o volume e a complexidade dos valores e ativos envolvidos no seguro da petroleira.
A única mudança com a nova legislação, segundo ele, é que a Petrobras terá que fechar sua seguradora cativa, a Bear Insurance Company Ltd., baseada nas Ilhas Bermudas, porque a nova legislação impede que companhias brasileiras tenham este tipo de empresa em um paraíso fiscal. Cativa é o nome que se dá no jargão do mercado segurador a uma filial "offshore" de um corporação, cujo negócio é fazer todo ou parte do seguro do próprio grupo.
"Podemos mudar a localização da cativa, levá-la para a Holanda, Luxemburgo ou outro lugar, ainda estamos fazendo estudos, não decidimos", afirmou Nahas.
Sendo a maior petroleira brasileira e uma das maiores do mundo, com operações em 23 países de quatro continentes, a Petrobras administra uma complexa estrutura de riscos (geológicos, climáticos, financeiros e de mercado). A fórmula para a gestão e redução dos riscos é baseada em quatro pilares, disse Nahas: "Estrutura de custos competitivos (na média ou abaixo da média de mercado em cada atividade); plano de negócios elaborado a partir de premissas conservadoras; bom gerenciamento do portfólio de investimentos; e buscar o "hedge natural entre as operações".
Mas o sucesso destas ações depende de se manter reduzido ou controlado o custo de capital, relatou Nahas. Devido à queda da percepção de risco político e financeiro do Brasil nos últimos anos, que se refletiu positivamente no risco da própria empresa no mercado internacional, a Petrobras teve uma forte redução de seu custo de capital.
O valor desse custo, segundo Nahas, é um "segredo de Estado", mas ele explicou que está diretamente relacionado tanto com o custo médio do endividamento geral da empresa (que caiu de 9% ao ano para 6% nos últimos três anos) quanto com os de mercado.
A redução do custo de capital permitiu à Petrobras deixar de fazer operações de hedge para oscilações nos preços do petróleo e, ao mesmo tempo, assumir o risco de todas as operações de valor inferior a US$ 20 milhões, fazendo o que se chama "auto-seguro".
Nahas contou que a empresa não contrata seguro para risco político de operações em países onde foi alvo de processos de nacionalização ou venda forçada de ativos, ou onde a situação política é muito instável, como por exemplo a Bolívia e a Nigéria. Primeiro, disse, porque é muito caro. Segundo, porque diplomaticamente "pega mal" com os governantes dos países. E terceiro, porque não é uma prática das grandes petroleiras mundiais. Além disso, afirmou, as operações da Petrobras em países como Bolívia e Equador representam apenas 3% ou 4% do capital alocado fora do Brasil pela empresa, que totaliza US$ 70 bilhões.
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