A Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU) dá sinal verde para tirar da gaveta a chegada do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) à Área Continental de São Vicente. O órgão, do Governo Estadual, publicará, no próximo mês, o edital de elaboração do projeto básico para a reforma da ponte sobre o Canal dos Barreiros, principal acesso entre a parte insular e aquela região.
A reconstrução da passagem será determinante para a terceira fase de expansão do VLT. Em péssimo estado de conservação, o acesso não suportaria a divisão do fluxo de veículos com o VLT. Por isso, o projeto de reforma incluirá adaptações para receber as composições na desativada linha férrea rente à ponte.
A etapa prevê ligar a Estação Barreiros (atual parada inicial do VLT) até Samaritá, próximo à divisa com Praia Grande. A expectativa é facilitar o transporte de cerca de 120 mil habitantes da Área Continental vicentina e, ainda sem data prevista, para o Litoral Sul.
O presidente da EMTU, Joaquim Lopes, explica que a reconstrução da ponte foi levada em conta pelos técnicos do órgão por ser a medida mais rápida para se obter o licenciamento ambiental.
Lopes comenta que a construção de um novo acesso apenas para o VLT pode atrasar ainda mais o cronograma de instalação do serviço, pois as duas margens do Canal dos Barreiros estão classificadas como Área de Proteção Ambiental (APA). Assim, para erguer o acesso, seria necessário obter licenças da Companhia Ambiental do Estado (Cetesb), o que retardaria os trabalhos.
Conflito
Principal acesso entre os bairros das áreas continental e insular de São Vicente, a ponte sobre o Canal dos Barreiros necessita de reforma há décadas. Há problemas em sua base, fincada em solo marinho, e também na camada de asfalto. Contudo, o projeto defendido pela EMTU não prevê a interrupção do trânsito durante a reforma e a adaptação.
A proposta que deve ser incluída no edital estabelece a implantação de uma estrutura metálica provisória sobre o acesso – técnica chamada de ponte branca. Depois, haverá a demolição, a retirada de escombros e a reconstrução da via sobre o mar com o mesmo traçado.
A expectativa é que esse processo provoque impacto reduzido no fluxo de veículos. Os custos e prazos das intervenções serão definidos na elaboração do projeto executivo da obra – que deve ser contratado no primeiro semestre do ano que vem.
Terceira Fase
O presidente da EMTU acredita que, até março, o órgão deve licitar a escolha da empresa responsável pelo projeto executivo dessa etapa de ampliação do VLT. Essa fase antecede a concorrência pública para a realização das obras, ainda sem previsão. “Já fizemos algumas audiências públicas, faltando apenas a ambiental”.
O VLT na Área Continental irá percorrer um trajeto de aproximadamente 7,5 quilômetros e quatro estações – duas de transferência e outras duas de embarque e desembarque. O sistema terá integração com o transporte alternativo municipal que serve aqueles bairros. A obra deve terminar dois anos após o início.
Segunda fase está perto
A EMTU pretende abrir, também em março, a segunda fase de ampliação do VLT. Nessa data, deve haver a licitação para a abertura do trecho entre a Avenida Conselheiro Nébias e o Valongo, em Santos
“Se não houver interposição de recursos (das empresas perdedoras), acreditamos assinar o contrato no final de setembro. E iniciamos as obras até o final do ano”, diz o presidente da EMTU, Joaquim Lopes. Os trabalhos seriam concluídos até 2020.
Em outubro, o Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema) emitiu licenciamento ambiental prévio para o projeto. Era o último estágio antes do início da segunda fase do VLT, antes previsto para 2015.
O traçado terá cerca de oito quilômetros e 14 estações. O sistema vai percorrer a Rua Campos Melo, na Encruzilhada, e seguirá pela Rua João Pessoa.
O retorno ocorrerá pelas ruas Amador Bueno, Constituição e Avenida Conselheiro Nébias (sentido Centro-Praia.
O estudo de tráfego deve acabar em até 30 dias, para indicar quantos veículos poderão passar por essas vias após a instalação do Veículo Leve sobre Trilhos.
Após revisão orçamentário do projeto executivo da segunda fase de ampliação, o custo das obras subirá em torno de 5%, de R$ 430 milhões para R$ 450 milhões.
Os valores, entretanto, ainda poderão ser atualizados, de acordo com Joaquim Lopes, porque se trata “do trecho com maior adensamento populacional e que passa pela região histórica de Santos. Será formado por vias (férreas) singelas (únicas.
Apenas as obras civis devem exigir investimentos de R$ 270 milhões, com recursos do Estado e financiamento da Caixa Econômica Federal. Calcula-se que os trabalhos levarão dois anos.
O órgão ainda estuda o número exato de imóveis e terrenos a serem desapropriados, para que as composições do VLT disponham de raio de curva suficiente para manobras, sejam feitas adequações viárias e seja possível construir as estações.
O Estudo e o Relatório de Impacto Ambiental (EIA-Rima) indicaram 11 áreas (13,6 mil metros quadrados) que deveriam ser desapropriadas para a segunda fase do VLT. A empresa estatal trabalha com diferentes cenários financeiros para as obras.
Segundo o presidente da EMTU, esse trabalho possibilita avançar com as intervenções independentemente da destinação orçamentária para essa finalidade. “O sistema vem crescendo no dia a dia. Pelos indicadores operacionais, o VLT registra hoje uma relação de passageiros por quilômetro acima do Metrô (de São Paulo)”, compara Joaquim Lopes.
25/12/2017
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