Licitada, ponte não sai do papel


Licitada há dois anos pela Prefeitura de Cuiabá, por R$ 643 mil, a ponte no bairro Santa Terezinha, região do Coxipó, sequer começou a ser construída. Nos dias de chuva, os moradores da região são obrigados a escolher entre atravessar um córrego a nado ou percorrer mais de dois quilômetros até a única travessia do bairro.

Segundo o presidente do bairro, Benedito Paulo de Abreu, de 55 anos, desde de 2007 a comunidade luta para que se tenha uma segunda travessia na região. Conforme ele, em 2011 a prefeitura anunciou a obra e em 2012 instalou a placa inaugural da ponte, porém esta foi a única benfeitoria realizada na região.

“Eles derrubaram uma pequena passarela que ajudava as pessoas a atravessa e só colocaram a placa, mas ponte que é bom, nada. Já vieram diversos engenheiros e secretários, mas nada continua sendo feito. Estamos pensando em tirar a placa para pode usar ela para atravessar o córrego”.

De acordo com Benedito, os moradores chegaram a conseguir doações de materiais para que a obra fosse iniciada, contudo a Prefeitura se recusou a aceitar o material.

Para piorar a situação, o bairro conta apenas com uma saída para os moradores, o restante fica ilhado pelos córregos. “A região conta com mais de 20 mil moradores, porém só há uma pequena ponte que liga o bairro ao restante da cidade e uma grande parte dos moradores são obrigados atravessar o córrego em meio a tabuas improvisadas.”

Segundo o presidente, nos dias de chuva a situação fica ainda pior com o aumento do nível da água e do fluxo do trânsito. “Quando acontece algum acidente na ponte, ficamos ilhados e não temos como sair do bairro”.

De acordo com o porteiro Osvaldo Tomas da Silva, de 58 anos, que há mais de 16 vive na região, diversas crianças utilizam o local para chegar a escola, correndo sérios riscos de contraírem algum tipo de doença, serem atacadas por animais ou sofrerem acidentes, já que não há nenhuma segurança para atravessar o córrego.

Segundo o porteiro, a falta da ponte também inviabiliza o acesso aos serviços públicos como caminhão de lixo ou linhas de ônibus. “Para levar o lixo temos que andar mais de 500 metros. Muitos não fazem e o resultado é esta sujeira toda”.

A sujeira é um capitulo a parte da região. Conforme o aposentado Avelino Lemos, de 67 anos, capivaras, cobras e outros animais peçonhentos já foram encontrados pelos moradores. “Esses dias a vizinha capturou uma sucuri bem ali”.

De acordo com a assessoria da Prefeitura, a construção da ponte fazia parte do projeto Poeira Zero, iniciado pela gestão anterior, contudo o projeto não foi executado na ocasião. Assim que assumiu a prefeitura, e o prefeito Mauro Mendes vetou todos os projetos não concluídos na gestão passada, para não comprometer o orçamento.

A prefeitura informou que no local da ponte irá colocar bueiros celulares. Segundo a assessoria, a nova modalidade melhora a capacitação da água, traze mais segurança para região e também é mais barata do que uma ponte. A previsão é que a obra inicie no ano próximo ano.


26/11/2014

Fonte: Diário de Cuiabá

 

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