A CDL de Passo Fundo realizou, na manhã desta quarta-feira, 19, uma importante reunião com os lojistas da Rua Morom para detalhar as ações que ocorrerão dentro do plano de revitalização da via. O projeto, anunciado pela Uirapuru ainda em 2024, prevê a revitalização total de quatro quadras da rua, desde a esquina com a Fagundes dos Reis até a Coronel Chicuta.
Este espaço, considerado o mais central da Morom, que corta Passo Fundo, concentra as principais lojas de vestuário e produtos diversos, sendo uma das ruas mais tradicionais do comércio local. A revitalização tem como destaques novo piso para fluxo de veículos, fiação parcialmente subterrânea, lixeiras subterrâneas e outras modificações. Tudo terá investimento municipal, sem contrapartida de moradores ou lojistas.
A Uirapuru acompanhou a reunião e conversou com o presidente da CDL, Evandro da Silveira, que afirmou que este é um passo importante de um projeto debatido há muito tempo e que agora começa a ganhar forma, avançando para a etapa de execução. Ele citou exemplos recentes de intervenções urbanas na cidade, como o Parque Linear e a revitalização da Avenida Presidente Vargas, que trouxeram melhorias na mobilidade, no visual urbano e na qualidade de vida.
Sobre o projeto da Morom, explicou que a CDL atua mais como articuladora, provocando a Prefeitura a priorizar o Centro para que ele volte a ser tão acolhedor quanto outras regiões da cidade. Questionado sobre o que está previsto, o presidente Evandro destacou que haverá uma proposta de acolhimento maior, com calçadas mais integradas à pista de rolamento, permitindo multiuso do espaço e tornando a Morom apta a receber eventos sem comprometer sua dinâmica habitual.
O empresário Volmir Danielli, um dos lojistas mais tradicionais da Morom, ressaltou que a revitalização é uma reivindicação antiga e fundamental para evitar o envelhecimento do Centro, como ocorreu em outras cidades. Destacou que retirar parte da fiação aérea, especialmente a de comunicação, já trará grande impacto visual e melhorará a arborização. Sobre o período de obras, reconheceu que haverá necessidade de adaptações, como acessos provisórios e até locações temporárias, dependendo da fase da obra em cada quadra.
O secretário de Planejamento de Passo Fundo, Giezi Schneider, detalhou tecnicamente o projeto. Ele anunciou o cronograma oficial: o processo licitatório deve ocorrer no final do primeiro semestre de 2026, por volta de maio, e as obras devem iniciar no começo do segundo semestre de 2026, com estimativa para agosto. Segundo ele, esse cronograma é viável, dado o avanço dos trabalhos e as decisões já tomadas pelo prefeito Pedro Almeida.
Sobre estacionamento, Giezi afirmou que a configuração atual será mantida, com revisão apenas nas vagas de carga e descarga e com a ocupação de uma ou duas vagas por quadra para instalação dos parklets. O objetivo é que as pessoas permaneçam mais tempo na Morom, recriando a dinâmica antiga da rua, que perdeu espaço para os shopping centers.
Em relação à fiação suspensa nos postes, o secretário detalhou que será adotado um sistema misto: a fiação de telefonia e internet será totalmente subterrânea, enquanto a de média tensão permanecerá aérea, porém compacta e com novos postes, reduzindo significativamente a poluição visual atual. Também foram anunciados contentores subterrâneos para resíduos, um por quarteirão, além de lixeiras de superfície para pedestres.
Giezi esclareceu ainda que, embora o trânsito de veículos seja mantido, o novo pavimento no mesmo nível das calçadas permitirá transformar o trecho em calçadão temporário para eventos, como feiras ou programações culturais. Além disso, se futuramente houver consenso da cidade para transformar permanentemente o trecho em calçadão, a infraestrutura estará pronta, evitando novas obras de grande porte.
O passeio público será mantido na mesma largura, porém substituído, com implantação de acessibilidade plena e alargamento das esquinas para facilitar travessias. Sobre o pavimento, o secretário anunciou uma mudança importante: a pista deixará de ser asfaltada e passará a ser feita em basalto regular retificado, um tipo de paralelepípedo plano que dará contraste com o basalto utilizado no passeio público, mantendo a uniformidade estética da via. A drenagem será toda refeita, com sistema de grelhas na sarjeta.
O investimento total é de aproximadamente 11 milhões de reais, recurso próprio da Prefeitura já aprovado em orçamento, podendo haver ajustes na fase final do projeto e no processo licitatório. Questionado sobre transformar a Morom em calçadão permanente, Giezi explicou que essa discussão já ocorreu e que, embora seja uma possibilidade no futuro, a decisão atual é manter o fluxo de veículos.
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