RIO - O ministro interino de Minas e Energia, Nelson Hübner, afirmou que o deságio no próximo leilão de linhas de transmissão, que a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) realiza dia 30 deste mês, deverá ser menor do que os 35% de deságio médio verificados no leilão anterior.
O leilão da Aneel ocorrerá na Bolsa de Valores de São Paulo e envolverá investimentos da ordem de R$ 2,1 bilhões para a construção de 2.862 quilômetros de linhas de transmissão da rede básica, envolvendo 11 estados de cinco regiões do país. Serão ofertadas 12 linhas e seis subestações, em 148 municípios dessas seis regiões. As obras irão gerar 4,9 mil empregos diretos.
“No leilão anterior, o deságio foi superior a 35%, mas, para essa licitação, esperamos um deságio um pouco menor na medida em que própria Aneel já refez os cálculos de partida, colocando valores mais próximos da realidade do mercado, determinada a partir do último leilão”, disse Hübner.
O ministro salientou, porém, que "a expectativa para o leilão é a melhor possível, uma vez que o sistema que vem sendo adotado pelo governo do presidente Lula traz maior segurança ao investidor. Não faltarão investidores, o que pode ser atestado pelas 24 empresas já pré-qualificadas a participar da licitação”.
Para Hübner, além de baratear os custos, o aumento da disponibilidade de linhas de transmissão dará maior confiabilidade ao Sistema Interligado Nacional, por ser essa uma forma de integração das usinas do país, levando energia para as áreas secas em períodos de escassez de água.
O modelo adotado, no qual vence quem oferece a menor tarifa, ou seja, quem oferece o menor pedágio pela passagem de energia pelos fios, traz, na avaliação do ministro interino, maior segurança de rentabilidade ao investidor. Os deságios eventualmente verificados no leilão resultarão em benefícios ao consumidor, uma vez que a tarifa de uso dos sistemas de transmissão é um dos componentes de custo da tarifa paga pelo consumidor final às distribuidoras.
As declarações do ministro Nelson Hübner foram dadas na sede de Furnas, onde ocorre o primeiro seminário do setor elétrico voltado para a cidadania. Aberto pelo presidente de Furnas, José Pedro Rodrigues de Oliveira, o I Seminário Energia gerando Cidadania, que vai até sexta-feira, reúne 80 empresas dos setores público e privado do país e marca o lançamento do Balanço Social de Furnas.
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