São Paulo - TBG pagou US$ 2,4 milhões para cobertura de danos materiais, lucro cessante e RC. Um pool liderado pela Itaú Seguros venceu a licitação da Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia Brasil (TBG), controlada pela Petrobras, para contratação do seguro dos mais de 3.150 quilômetros de tubulações, dos quais 2.593 em solo brasileiro. O valor ofertado pelo vencedor foi de US$ 2,4 milhões, sendo US$ 1,98 milhão para a apólice de riscos operacionais e lucro cessante, do tipo "all risks", e US$ 480 mil ao contrato de responsabilidade civil.
De acordo com Pedro Luiz de Araújo, superintendente comercial canal broker da Itaú, a TBG obteve redução de aproximadamente 20% no valor do prêmio da apólice maior, de riscos operacionais, e teve uma pequena alta na cobertura de RC. Segundo o executivo financeiro da TBG, Jurandir de Souza Almeida, boa parte do mérito da redução no valor do seguro neste ano se deve a um trabalho de avaliação de risco comandado pela subsidiária brasileira da corretora de resseguro do grupo norte-americano AON. "Eles subcontrataram a Engeval, uma empresa de engenharia de avaliação patrimonial e saber quanto custaria construir um gasoduto novo", disse.
Também foi realizado um levantamento do risco máximo de perdas e da capacidade da transportadora em gerenciar os riscos da operação e de retomar o fornecimento em caso de acidentes. Com um estudo detalhado, o apetite de seguradores e resseguradores aumentou, o que consequentemente gerou uma taxa mais competitiva. "Todos acabaram retendo uma parcela maior, ajudando a reduzir o repasse do risco ao mercado internacional e com isso foi possível praticar uma taxa melhor do que a do ano passado", concluiu o executivo da TBG.
Um outro fator que auxiliou na redução do preço foi a possibilidade de a seguradora cativa da Petrobras sediada nas Bermudas, a Bear Insurance Company Ltd., ficar com o pacote de seguro. "Isso também ajudou", acrescentou Almeida.
A Itaú lidera o contrato com 34%, a Bradesco Seguros e a Unibanco-AIG Seguros detêm 28% cada, e a AGF Brasil Seguros tem 10%. No contrato total, as seguradoras assumiram 10% do risco, o IRB Brasil Re, que controla as operações de resseguro do Brasil, assumiu 20% em contrato automático, e 70% foram colocados de forma facultativa no mercado internacional por um pool de corretoras.
O valor em risco do gasoduto foi avaliado em US$ 1,36 bilhão. No entanto, segundo os estudos realizados, o prejuízo máximo que pode ocorrer em decorrência de um acidente, considerando-se perdas materiais, foi estimado em US$ 40 milhões. Já o Limite Máximo Indenizável (LMI) em relação à receita da empresa ficou em US$ 95 milhões, para valor um valor em risco de US$ 387 milhões. O LMI da cobertura de RC ficou estipulada em US$ 40 milhões.
Como se trata de uma tubulação, o grande risco para as seguradoras é de ocorrer uma explosão em uma estação de compressão. O maior prejuízo será se ocorrer na passagem da tubulação de mais de 2 quilômetros pelo rio Paraná, abaixo do leito. "Aqui é onde o custo de reconstrução foi considerado mais elevado", contou Juarez Cerqueira do Amaral Filho, sênior underwrinting da Itaú. "No entanto, com a tecnologia existente hoje a reconstrução é rápida", disse.
Em função disso, a apólice de lucro cessante tem uma franquia de 30 dias e as seguradoras se comprometem a indenizar a receita perdida pela empresa por até 90 dias. "Esses prazos foram estipulados com base na forte capacidade de a empresa retornar à atividade em razão da tecnologia que possui", informou.
Segundo os executivos, a TBG tem como consertar em no máximo 24 horas qualquer dano a tubulação. "A pressão que há nos tubos é suficiente para garantir o fornecimento aos seus clientes durante o período de conserto", complementou. Com capacidade de transporte para até 30 milhões de m³/dia, a TBG disponibiliza combustível às companhias distribuidoras de cada estado, de forma que estas possam atender ao mercado consumidor.
Outro ponto que pesou na hora de calcular o preço do seguro foi o sistema de monitoramento via satélite, por onde os executivos da TBG podem comandar o fechamento de válvulas em toda a extensão do gasoduto.
kicker: O grupo obteve uma redução de 20% no valor do prêmio da apólice de riscos operacionais Denise Buenode São PauloUm pool liderado pela Itaú Seguros venceu a licitação da Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia Brasil (TBG), controlada pela Petrobras, para contratação do seguro dos mais de 3.150 quilômetros de tubulações, dos quais 2.593 em solo brasileiro. O valor ofertado pelo vencedor foi de US$ 2,4 milhões, sendo US$ 1,98 milhão para a apólice de riscos operacionais e lucro cessante, do tipo "all risks", e US$ 480 mil ao contrato de responsabilidade civil. De acordo com Pedro Luiz de Araújo, superintendente comercial canal broker da Itaú, a TBG obteve redução de aproximadamente 20% no valor do prêmio da apólice maior, de riscos operacionais, e teve uma pequena alta na cobertura de RC. Segundo o executivo financeiro da TBG, Jurandir de Souza Almeida, boa parte do mérito da redução no valor do seguro neste ano se deve a um trabalho de avaliação de risco comandado pela subsidiária brasileira da corretora de resseguro do grupo norte-americano AON. "Eles subcontrataram a Engeval, uma empresa de engenharia de avaliação patrimonial e saber quanto custaria construir um gasoduto novo", disse. Também foi realizado um levantamento do risco máximo de perdas e da capacidade da transportadora em gerenciar os riscos da operação e de retomar o fornecimento em caso de acidentes. Com um estudo detalhado, o apetite de seguradores e resseguradores aumentou, o que consequentemente gerou uma taxa mais competitiva. "Todos acabaram retendo uma parcela maior, ajudando a reduzir o repasse do risco ao mercado internacional e com isso foi possível praticar uma taxa melhor do que a do ano passado", concluiu o executivo da TBG.Um outro fator que auxiliou na redução do preço foi a possibilidade de a seguradora cativa da Petrobras sediada nas Bermudas, a Bear Insurance Company Ltd., ficar com o pacote de seguro. "Isso também ajudou", acrescentou Almeida.
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