Foz do Iguaçu (PR), - A usina de Itaipu, fiel ao pioneirismo e aos superlativos do título de maior hidrelétrica do planeta, vai implantar no próximo mês o primeiro pregão eletrônico nacional feito em dois idiomas (português e espanhol), duas moedas (real e guarani) e cotado em uma terceira (dólar). O objetivo é poder fazer compras, principalmente de material de reposição, por meio de disputa simultânea entre fornecedores brasileiros e paraguaios. A expectativa é que Itaipu vá economizar pelo menos 12% com o novo método nos gastos com as compras de produtos de manutenção. No primeiro semestre deste ano, foram gastos US$ 26,4 milhões em compras para serviços de manutenção, segundo a diretora financeira executiva da empresa, Gleisi Helena Hoffmann.
Foi dela a idéia de pedir ao Banco do Brasil que desenvolvesse um programa que permitisse o pregão eletrônico com participação de fornecedores brasileiros e paraguaios na disputa pelo mercado de manutenção de Itaipu. "Já tínhamos feito compras pelo pregão eletrônico e presencial com fornecedores apenas do Brasil ou apenas do Paraguai, mas nosso objetivo é integrar os dois mercados na disputa, e, no futuro, ampliar para os países do Mercosul", diz Gleisi.
Primeiras compras
Segundo ela, no próximo mês serão feitos três compras pelo novo sistema - uma de US$ 13,3 mil para compra de pneus e câmaras de ar, outra de US$ 29 mil em tintas para impressoras e cartucho, ambas no mercado paraguaio, e uma de US$ 234 mil de cabos elétricos, ópticos e telefônicos, esta, simultânea para Brasil e Paraguaio.
No pregão virtual de Itaipu, poderão participar fornecedores cadastrados pelas agências do BB, tanto no Brasil como no Paraguai. Os brasileiros acessam os termos das compras e fazem suas propostas em português, com cotação em real. Os paraguaios fazem a mesma coisa, em espanhol e guarani. O programa converte os dados financeiros dos dois casos em dólar e possibilita que cada fornecedor tenha acesso às cotações dos concorrentes, mas sem a identificação das empresas que estão na disputa.
Durante o pregão, comandado por pregoeiros que são funcionários de Itaipu, tanto do lado brasileiro como do paraguaio, e formados pelo BB, as melhores propostas poderão ser contestadas caso a oferta de preço não seja considerada satisfatória. Nesse caso, serão feitas tentativas de redução de preços pela competição online entre os participantes.
Gleisi teve contato com o software de licitações via internet criado pela divisão de banco e comércio eletrônico do BB quando era secretária de gestão pública da prefeitura de Londrina, até dois anos atrás. Quando assumiu o comando da área financeira de Itaipu, em janeiro do ano passado, encontrou uma proposta de desenvolvimento de compra pela internet orçada em US$ 1 milhão. Pelo programa do banco, Itaipu não pagou nada.
Segundo o gerente da divisão que desenvolveu o software, Ênio Mathias Ferreira, o programa para as compras binacionais foi desenvolvido durante um ano pela equipe de banco e comércio eletrônico do BB, e teve que receber adaptações complexas, como as sondas que fazem as conversões das moedas no modelo original criado pelo banco. Segundo Ferreira, para ser fornecedor não é necessário que a empresa tenha conta no banco, mas tem de fazer o cadastro em uma agência do BB. Ferreira disse que o programa tem 45,2 mil fornecedores cadastrados, 1,2 mil usuários e já realizou negócios no valor de R$ 1,2 bilhão, com média de 35% de economia em relação às compras convencionais.
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