O Irã anunciou neste domingo o lançamento de licitações para a construção de duas centrais nucleares. A decisão acontece num momento de crescente pressão da comunidade internacional para suspender suas atividades nucleares sensíveis. As licitações são para a construção de duas novas centrais de 1.000 a 1.600 Mw em Buchehr (sul). A informação foi confirmada por Ahmad Fayaz-Bakhsh, diretor da produção e do desenvolvimento da energia nuclear na Organização Iraniana da Energia Atômica (OIEA).
As licitações, que expiram no dia 8 de agosto, deviam ser entregues neste domingo. Segundo o diretor, o Irã já entrou em contato com empresas russas e européias. Este anúncio é feito num momento em que o Irã está sob uma crescente pressão da comunidade internacional para suspender suas atividades nucleares sensíveis, e que as obras de finalização de sua primeira central nuclear pela Rússia foram novamente atrasadas. "As duas centrais serão construídas ao lado da central russa de Buchehr, com uma capacidade total de 2.000 a 3.200 Mw", afirma o responsável.
O custo de cada central ficaria em entre 1,4 e 1,7 bilhão de dólares, e sua construção seria terminada daqui a nove ou 11 anos, segundo ele. "O combustível será fornecido pela produção local e estrangeira", acrescenta.
Estados Unidos e União Européia querem que Teerã suspenda suas atividades de enriquecimento de urânio. Este procedimento permite obter o combustível para uma central civil se o enriquecimento for limitado a 5%. Porém, ele também pode servir para a fabricação de uma bomba atômica, caso o enriquecimento alcançar 20%. Teerã defende suas atividades de enriquecimento, que apresenta como o único meio de garantir sua independência no abastecimento em combustível nuclear.
Muitos especialistas consideram que a insuficiência dos campos de extração de minério de urânio iraniano e o custo elevado tornam este objetivo ilusório. Fayaz-Bakhsh informa que, em virtude do plano de desenvolvimento nuclear iraniano, em 20 anos, prevê a instalação de uma capacidade de 20.000 Mw. "O Irã pretende produzir o combustível para duas centrais".
O presidente iraniano, Mahmud Ahmadinejad, anunciou segunda-feira que o Irã havia começado a enriquecer urânio em escala industrial em sua usina de Natanz. O diretor geral da Agência Internacional da Energia Atômica (AIEA), Mohamed ElBaradei, minimizou a importância deste anúncio, afirmando na quinta-feira que o Irã "ainda está na primeira fase da construção da usina de enriquecimento de Natanz" e possui apenas "centenas" de centrífugas.
Questionado sobre este assunto, o porta-voz do ministério das Relações Exteriores iraniano, Mohammad Ali Hossein, declarou neste domingo que "os inspetores da AIEA estão neste momento em Natanz e vão redigir um relatório sobre nossas recentes atividades". "ElBaradei receberá todas as últimas informações, e as dúvidas serão levantadas" sobre o número de centrífugas de enriquecimento em atividade", acrescenta.
Fayaz-Bakhsh especifica que as duas licitações prevêem que 36% da construção destas novas centrais devem ser efetuados por companhias iranianas. "Nossa meta é que daqui a 20 anos as empresas iranianas efetuem 80% da construção", declara. A Rússia está atualmente finalizando a construção da primeira central nuclear iraniana, em Buchehr. Porém, sua inauguração, prevista para setembro após muitos adiamentos, foi adiada mais uma vez.
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