Internet barateia compras do governo e de estatais


Curitiba – A relação entre órgãos públicos e seus fornecedores foi alterada pela internet. Boa parte das compras governamentais passou a ser feita por meio eletrônico, com um saldo de economia pública e maior competitividade entre os participantes de licitações. A principal mudança provocada pela internet para empresas e órgãos públicos foi o aumento no universo de fornecedores. No encalço da maior concorrência, vieram preços menores e, em alguns casos, serviços melhores.
Em menos de dois anos de experiência com as licitações eletrônicas, a Itaipu aumentou em dez vezes o número de fornecedores em potencial. Eram 4 mil empresas cadastradas até julho de 2003. Agora, a hidrelétrica coloca suas licitações para um público de 40 mil possíveis interessados.
Esse salto foi possível com o uso do Sistema de Cadastramento Unificado de Fornecedores (Sicaf) mantido pelo governo federal. “Estamos ligados a uma cadeia de empresas muito maior, o que leva a mais concorrência”, diz a diretora financeira de Itaipu, Gleisi Hoffmann.
O efeito sobre o caixa da companhia foi uma economia de 16% nas compras feitas pelo sistema eletrônico em comparação com as licitações comuns. Nada mal para quem gastou cerca de US$ 5 milhões com esta modalidade de concorrência no ano passado. Serviços complexos, como obras de engenharia, ainda passam por licitações comuns.
Além de economizar ao fechar negócios, a Itaipu também tem empenhado menos recursos nos processos administrativos para coordenar as licitações. “No sistema convencional, uma concorrência custa US$ 100 para ser feita. Pela internet custa US$ 30”, diz Gleisi. O uso da tecnologia não levou a mais gastos com informática, pois os negócios são fechados de graça no site do Banco do Brasil.
O segredo da compra pela internet não está só na concorrência. O formato do sistema é o de um leilão ao contrário, em que vence o menor preço. O governo do Paraná implantou um modelo parecido com o de Itaipu. Anuncia as licitações em seu site e fecha as compras pela página do Banco do Brasil. Uma pesquisa de mercado estabelece o preço máximo aceitável para os produtos. Antes do pregão, os concorrentes fazem ofertas. O leilão começa com o menor valor oferecido.
“No ano passado, economizamos R$ 37 milhões com o pregão eletrônico”, diz o diretor do Departamento de Administração de Materiais da Secretaria de Estado da Administração, Roberto Daledone. Esse valor foi a diferença entre as primeiras ofertas dos fornecedores e os preços finais dos pregões e equivale a 21% do que seria gasto se as licitações fossem pelo método tradicional, que não tem leilão após as propostas.
O departamento concentra todas as compras de materiais do estado, desde medicamentos até papel sulfite usado pelas repartições públicas. Daledone ressalta que pouco mais da metade dos negócios fechados pelo governo do Paraná já são via internet. “O processo de compra é mais transparente porque qualquer pessoa pode acompanhá-lo online”, elogia.


02/05/2005

Fonte: Gazeta do Povo (PR)

 

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