Após um mês da data firmada para iniciar o processo de licitação de continuidade às obras do Hospital Central do Estado, ainda não foi divulgada uma nova proposta, porém, durante a inauguração do Hospital São Benedito, na última quinta-feira (30), o governador Pedro Taques (PDT) afirmou que fará um esforço para que, pelo menos a primeira parte da obra, seja entregue até o final deste ano.
O dia 30 de março foi indicado nas ações da Secretaria de Estado de Cidades (Secid) para os 100 primeiros dias de governo de Pedro Taques e apresentado no Acordo de Resultados assinado pelo governador e pelo secretário Eduardo Chiletto no dia 2 de janeiro como prazo para lançamento da licitação. No começo do ano, foi apresentado também o projeto de transformar a obra em um Centro Materno-Infantil. A decisão foi comemorada pelos médicos que não escondem a incredulidade.
“Não acreditamos que realmente será construído agora”, diz Eliana Siqueira, presidente do Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed - MT). Ela analisa que falta uma organização por parte dos gestores que, em seu ponto de vista, não realizam planejamento para seguir com a construção.
Siqueira lembrou que em 2003, Pedro Taques, à época Procurador da República, entrou com uma ação para que as obras fossem retomadas e a Justiça determinou que o Estado concluísse o hospital. “Ficou nas mãos dele terminar”.
Presidente do Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT), Gabriel Felsky reforça que o atraso é ruim tanto para a população quanto para os próprios médicos porque os usuários perdem um espaço de atendimento e os profissionais mais um local de trabalho. “Cuiabá é a única capital que não possui um hospital estadual, sem contar que também não possuímos uma unidade exclusivamente pediátrica”. Ele ressalta que a proposta de construir um hospital materno-infantil é positiva porque, desta forma, pacientes e profissionais estarão no mesmo lugar facilitando o atendimento. “Assim não precisa procurar outro local. Mas há muitas dúvidas se isso realmente vai acontecer”.
Siqueira complementa que a estratégia é boa, porém cobra que toda a rede seja fortalecida em seu tipo de atendimento, como o Hospital São Benedito, em alta complexidade, e o Pronto-Socorro Municipal com urgência e emergência. “Dessa forma, poderia melhorar e muito a saúde aqui e desafogar as unidades”.
Felsky pontua que se o hospital for mesmo construído há outro problema a ser enfrentado pela gestão: a contratação de médicos dispostos a trabalhar nas unidades públicas de saúde. Ele explica que devido à insegurança desses locais, combinada à estrutura física, muitas vezes ruim, alguns profissionais têm escolhido não trabalhar no serviço público. O médico lembra que uma das pautas reivindicadas durante a última greve foi a segurança nos locais de trabalho. “Vemos muitos casos de violência e insegurança nos hospitais e na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA). Certamente será uma dificuldade para o gestor encontrar médicos, caso não haja segurança para os profissionais que foram trabalhar ali”.
O médico espera que a nova unidade venha devidamente equipada, contando com os medicamentos e materiais necessários para a realização dos atendimentos. Já a sindicalista vai além e faz uma cobrança. “Quero ver ação”. (As informações são de Natália Araújo, repórter do jornal A Gazeta)
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