"Agora não tem mais nada para me cobrar, quem vai cobrar sou eu". Foi com esse tom descontraído que o governador do Estado, Lúcio Alcântara, entregou o terreno para a construção da Usina Siderúrgica Ceará Steel e assinou o contrato de distribuição do gás natural pela Companhia de Gás do Ceará (Cegás). A entrega oficial realizada ontem, no Palácio de Iracema, encerrou as obrigações do Estado com as empresas administradoras Danielle e Dongkuk Steel e deu subsídios para que elas negociem junto aos bancos o financiamento de US$ 500 milhões para a construção da usina. O investimento previsto é de US$ 754 milhões, dos quais os US$ 254 milhões restantes são das próprias empresas.
A entrega contempla 297 hectares de terra e a distribuição de 1,8 milhão de metros cúbicos diários de gás natural. Na ocasião, o governador passou a tarefa de levar a frente a construção aos executivos Giovani Coassin e Maurício Chu, representantes das empresas do consórcio administrador Danieli e Dongkuk Steel, respectivamente, afirmando que agora "a bola está com eles" e ressaltou que "em agosto de 2008 a fumacinha preta estará subindo".
Coassin concordou que a entrega significa a conclusão das obrigações do Ceará. O que falta para o Estado é a construção de uma correia transportadora e um píer, cujo processo licitatório já está em andamento. Apesar de formalmente a empresa só ter recebido o terreno ontem, os investimentos já estavam sendo feitos. A estimativa de Coassin é de que US$ 25 milhões já tenham sido investidos no local. Enquanto no Ceará, a siderúrgica encontra-se em fase de terraplanagem, na Itália, a empresa Danieli já busca profissionais que venham atuar no Estado.
A terraplanagem deve ser concluída em maio, deixando o terreno preparado para receber máquinas pesadas. No entanto, em seguida ainda continuarão as obras de estruturação da área. Coassin acredita que em junho deste ano devem se colocar as primeiras estacas. Se a previsão para a construção da usina é agosto de 2008, o gás deve começar a ser testado seis meses antes, ou seja, em 24 meses. Otimista, o presidente da Cegás, José Rêgo Filho, reduz o período, afirmando que em 14 meses deve se iniciar a entrega do gás.
O contrato assinado prevê apenas a distribuição da matéria-prima, uma vez que o fornecimento já havia sido negociado com a Petrobras, com quem foi fechada a entrega de gás natural por 20 anos. Segundo Rêgo, a Cegás deve investir um montante de R$ 10 milhões na construção da infra-estrutura básica para o serviço. Rêgo explicou que inicialmente o gás virá do gasoduto de Guamaré, no Rio Grande do Norte. Entretanto, caso haja algum problema, a Petrobras apresentou um "plano B", segundo o qual será entregue gás liquefeito importado.
19/04/2006
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