Mesmo com o atraso dos salários dos servidores do estado, o governo de Minas Gerais fez uma licitação no valor de R$ 500 mil para a compra de pescados, frios e carnes. Os produtos abastecerão os palácios Tiradentes, Liberdade e Mangabeiras em 2016, principalmente nas recepções para autoridades e ocasiões especiais
No total, são 11 toneladas de carne e pescado. Levando em consideração que, em média, uma pessoa come 250 gramas de carne por dia, o montante seria suficiente para servir 120 convidados diariamente, durante todo o ano.
Segundo o doutor em economia e professor do Ibmec Paulo Pacheco, a licitação está fora da realidade:
"As famílias estão piorando a sua condição de vida para se ajustar. O Estado tem que respeitar este momento e fazer exatamente a mesma coisa. Efetivamente, demonstra um descolamento de realidade."
No portal de compras do governo, estão detalhados os produtos adquiridos. Além de anéis de lula e filés de robalo, salmão e atum, constam nos lotes crustáceos variados, como siri, camarão e lagosta. Só de lombo de bacalhau dessalgado, o governo de MG considerou necessário comprar 260 quilos.
No item carnes, aparecem, além de 240 quilos de cordeiro uruguaio, 60 quilos de codorna, 120 quilos de pato e 1 tonelada de filé mignon de angus, carne de origem bovina escocesa, comprada no pregão por R$ 95 o quilo. Em Belo Horizonte, em estabelecimentos que comercializam carnes nobres, o quilo desse tipo de corte sai a R$ 55.
A variedade é grande. Há também na lista de compras do Palácio 330 quilos de rabinho de porco, orelha e pezinho, além de 50 quilos de galinha d´angola.
A lista de frios inclui mais de 900 quilos de queijos variados, como brie, provolone, cottage e ricota, além de cortes defumados, como salame italiano e peito de peru.
O presidente do PSDB de Minas Gerais, deputado federal Domingos Sávio, criticou o valor gasto com alimentos e destacou a necessidade de uma apuração rigorosa.
"Vamos requerer informações detalhadas e entrar com ação no MP contra esses abusos que estão fazendo com o dinheiro do povo mineiro", disse o deputado.
Por nota, o governo de Minas informou que os quantitativos e valores são estimados, mas a entrega dos produtos só é feita quando há necessidade. O governo disse também que o processo não foi homologado por enquanto e, por isso, o recurso ainda não foi utilizado. A nota diz ainda que, em 2014, o então governo tucano gastou um R$ 1 milhão com esse tipo de despesa e, no ano passado, a administração do PT consumiu R$ 600 mil, economizando 40%.
15/01/2016
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