Governo acelera licitação das obras


Recife - Até o fim de abril, estado pretende cumprir os compromissos para construir o estaleiro e o pólo de poliester e PET. O governo de Pernambuco acelera os trâmites legais necessários à instalação do estaleiro do consórcio formado pelas empresas Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez e Mitsui, no complexo industrial-portuário de Suape. Para isso, vai lançar nos próximos dez dias o edital de tomada de preços da licitação para as obras de infra-estrutura, na área onde serão construídos o estaleiro e o pólo de poliéster e PET, do grupo italiano M&G e Petrobras. O secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Esportes, Alexandre Valença, diz que o processo será concluído até o fim de abril.
"Estamos cumprindo todos os compromisso assumidos com a iniciativa privada para a concretização do estaleiro e do pólo," afirma o secretário. Estão pré-qualificadas para a segunda etapa da licitação - a primeira foi a de pré-qualificação, aberta no dia 11 de janeiro e encerrada no último dia 16 - a própria Camargo Corrêa e o consórcio CBPO/Norberto Odebrecht. Ao todo, três consórcios e três empresas entregaram a documentação para a pré-qualificação no dia 21 de fevereiro. "Porém o consórcio cearense Delta, o paranaense Triunfo e as construtoras Queiroz Galvão, não passaram pelo crivo da comissão especial de licitação por não terem cumprido todos os requisitos exigidos", diz o presidente da referida comissão, Dalônio Carvalho Filho.
As obras em licitação, estimadas em R$ 90 milhões, são a construção de 4,5 quilômetros de acesso rodoviário, 4,5 quilômetros de ferrovia e a dragagem do canal de acesso ao estaleiro e da área de cais do empreendimento. A execução deve durar dois anos. "Com essas obras, que vão beneficiar não apenas o estaleiro, como outras empresas que venham a se instalar no pólo naval do estado e também o parque de poliéster e PET, estamos incorporando a Suape mais 400 hectares de área", afirma o presidente da estatal, Matheus Antunes.
O acesso rodoviário vai interligar a área do estaleiro e do parque da M&G ao tronco rodoviário sul de Suape que sai na BR-101. A dragagem tem previsão de retirar 6,5 milhões metros cúbicos de material e viabilizará o canal de acesso ao estaleiro e o dique seco. O dique terá 520 metros de extensão, 140 metros de largura e profundidade de 15 metros.

Recursos
Quanto aos recursos, o governo de Pernambuco reservou R$ 30 milhões no Orçamento Geral do Estado (OGE) de 2005 e 2006 e espera levantar a outra fatia através do Orçamento Geral da União (OGU) que para 2005 já reservou R$ 42 milhões destinados à obra do litoral sul pernambucano.
Em relação ao estaleiro, a Camargo Corrêa - em consórcio com a Andrade Gutierrez e a japonesa Mitsui, maior empresa naval do mundo -, entregou propostas na fase de pré-qualificação para a construir 42 navios que estão sendo licitados pela Transpetro, braço logístico da Petrobras. A pré-qualificação será concluída em 45 dias.
O consórcio liderado pela Camargo Corrêa é apontado por especialistas como um dos favoritos para arrematar a maior parte dos navios licitados e que serão dos tipos Suezmax, Aframax, Panamax, GLP e Produtos. A licitação, inserida no programa de modernização e renovação tecnológica da Transpetro, deverá movimentar cerca de US$ 2 bilhões e tem estimativa de gerar 20 mil empregos.
Na primeira etapa, serão licitados 22 petroleiros, com investimento de US$ 1,1 bilhão. A expectativa da Transpetro é que o primeiro destes navios esteja nave-gando em 2006. Na segunda etapa, ainda sem data marcada, serão encomendados os 20 navios restantes e que demandarão US$ 800 milhões da companhia.
Enquanto isso, a holding Camargo Corrêa, com faturamento líquido de R$ 7,4 bilhões em 2003, programa iniciar as obras do seu primeiro estaleiro no segundo semestre de 2005. O projeto é de um megaempreendimento nos padrões da indústria naval internacional e que pretende ser o maior e mais moderno do Hemisfério Sul. A previsão é de investimentos de US$ 170 milhões e geração de cinco mil empregos diretos e 25 mil indiretos.
A expectativa é que as operações sejam iniciadas em 2007. A área total do estaleiro terá 780 mil². A capacidade de produção será de dois navios a cada 18 meses e uma plataforma de petróleo a cada 36 meses. O faturamento, por sua vez, é estimado em R$ 1 bilhão por ano. Em relação ao mercado, a idéia é suprir principalmente as demandas da Transpetro, mas sem deixar de voltar o foco também para o setor privado nacional e a clientela internacional.


22/03/2005

Fonte: Gazeta Mercantil

 

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