Funcef lança edital para substituir Blue Tree em Pernambuco


A Funcef, fundo de pensão dos empregados da Caixa Econômica Federal, vai lançar hoje o edital de concorrência para selecionar a operadora que administrará o Eco Resort do Cabo, em Cabo de Santo Agostinho (PE), novo nome do empreendimento hoteleiro gerido pela rede Blue Tree até o início de junho. As empresas interessadas em participar da licitação terão prazo de 30 dias para enviar suas propostas. O vencedor deverá ser conhecido no fim de setembro. Terá preferência a operadora que apresentar o melhor conjunto de ofertas financeiras e operacionais, segundo o diretor imobiliário da Funcef, Jorge Luiz de Souza Arraes.
Doze operadoras de hotéis, incluindo as principais bandeiras internacionais, já demonstraram interesse pelo negócio. Nas últimas semanas, essas empresas procuraram a diretoria da Funcef para obter informações do empreendimento. O conselho deliberativo da fundação, entretanto, optou por não abrir negociações com nenhuma operadora individualmente e fazer uma licitação para dar mais transparência ao processo. A promessa é de que ninguém sairá em vantagem na disputa. "Estão todos rigorosamente em igualdade de condições, mesmo aqueles que não nos visitaram", ressalta Arraes.
O edital é aguardado com expectativa pelo mercado. Não só por definir a nova operadora do resort do Cabo de Agostinho, um empreendimento turístico de alto padrão que está recebendo mais de R$ 10 milhões em reformas, como também por servir de referência para os futuros processos de escolha dos dois outros hotéis da Funcef em que a Blue Tree está de saída. Em Brasília, a empresa de Chieko Aoki deixará a operação do complexo hoteleiro - do qual a Funcef tem 50%, junto com a construtora Paulo Octávio - em 30 de novembro. Em Angra dos Reis, o divórcio está previsto para 2008.
A escolha da nova operadora para o Eco Resort do Cabo começa hoje, com a divulgação do edital no site da Funcef na internet e a publicação de anúncios na mídia especializada. As empresas interessadas deverão entregar as suas propostas até 14 de agosto. A partir dessa data, o processo de escolha será dividido em três etapas.
Na primeira, com prazo de até cinco dias, a fundação vai fazer a habilitação dos documentos exigidos. A documentação inclui certidões negativas de débitos de tributos federais e estaduais, do INSS, de falência e balanços patrimoniais, além de outras autorizações. Não há restrições para empresas estrangeiras.
Em seguida, na segunda fase, começa o processo de pré-seleção dos habilitados. Essa etapa deverá levar até 25 dias. Um dos principais critérios será a remuneração da operadora. A intenção da Funcef é definir um aluguel percentual (arrendamento), com a divisão das parcelas de pagamento à fundação e à administradora com base no resultado líquido da operação, e não baseada na receita bruta. Esse critério, porém, não vai ser o único. Os interessados deverão apresentar ainda um plano operacional, desenhando as ações de marketing e de vendas, incluindo organização de eventos e inserção no mercado internacional de turismo.
A terceira etapa da concorrência, de seleção do vencedor, terá pelo menos dois competidores. É uma negociação direta da Funcef com as operadoras pré-selecionadas e deverá durar mais 15 dias. Nessa fase, a fundação tentará obter melhorias nas propostas e fará uma "vistoria técnica" em pelo uma das operações, no Brasil ou no exterior, de cada interessado. "Como não temos que seguir a Lei de Licitações, vamos comparar as ofertas e abrir discussões", explicou o diretor imobiliário.
O prazo do contrato será de dez anos, renovável por mais cinco, a critério da Funcef. Em outubro, a administradora que ganhar a disputa fará uma gestão pré-operacional, principalmente para apresentar a nova operação aos representantes do setor de turismo. Se os resultados pactuados não forem cumpridos por dois anos consecutivos ou três anos alternados, a Funcef poderá rescindir o contrato, sem ônus.
O fundo de pensão da Caixa assumiu em 5 de junho a gestão do resort em Cabo de Santo Agostinho, como parte do acordo firmado com a Blue Tree. A Funcef começou a executar uma reestruturação administrativa, de recursos humanos e de infra-estrutura, o que incluiu uma reforma geral e a ampliação da construção atual. Estão sendo investidos cerca de R$ 11 milhões no processo.
O acordo entre Blue Tree e Funcef encerrou um período de disputas nos tribunais que já durava um ano e meio, e provocava desgastes na imagem da rede hoteleira. Nos próximos dias, em reunião entre as partes, começa a ser negociada a transição para a saída da Blue Tree do empreendimento em Brasília, com prazo até 30 de novembro. Um comitê gestor deverá se formar para fazer a administração provisória. A Blue Tree indicará metade dos diretores. O mesmo ocorrerá com o hotel em Angra dos Reis, com saída da rede prevista para 30 de abril de 2008. Com uma diferença: nesse caso, haverá um novo contrato de gestão para o restante do período.


10/07/2006

Fonte: Valor On Line

 

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