Em depoimento na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) dos Correios, o ex-diretor de Tecnologia e Infra-Estrutura dos Correios Eduardo Medeiros negou há pouco o favorecimento de empresas em licitações da estatal. Medeiros citou especificamente o caso da empresa de informática Novadata. Segundo ele, em 2002, a empresa teve um faturamento de R$ 66 milhões, resultante de contratos com os Correios. De dois anos e meio para cá, esse faturamento caiu para R$ 15 milhões.
Impressoras
Eduardo Medeiros também tentou explicar a compra de 500 impressoras no ano passado e neste ano, que foi apontada hoje como irregular pela Controladoria Geral da União (CGU). O ex-diretor disse que a compra foi feita em caráter emergencial, por preço inferior ao da LICITAÇÃO.
O deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP), integrante da comissão, no entanto, lembrou que existiam impressoras no estoque dos Correios, não havendo necessidade de uma compra emergencial. No entender do parlamentar, houve crime na LICITAÇÃO.
Correio híbrido
José Eduardo Cardozo também apontou crime em relação ao correio híbrido, sistema que permite o recebimento eletrônico e a impressão de documentos de grandes empresas. O deputado acredita que também neste caso existe conluio para que determinadas empresas ganhem a LICITAÇÃO.
A CPMI dos Correios continua reunida na sala 2 da ala Senador Nilo Coelho, no Senado.
12/07/2005
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