Empresa de São Paulo vence licitação para instalar radares em Presidente Prudente


Com o valor de R$ 4.457.500, a Politrans Tecnologia e Sistemas Eireli, de São Paulo (SP), foi a vencedora da licitação para a locação de equipamentos de controle de velocidade (radar e pistola) à Prefeitura de Presidente Prudente. A abertura das propostas foi na tarde desta segunda-feira (13), no Departamento de Compras e Licitações, no Paço Municipal.

Houve apenas manifestação de um interessado. O valor estimado no edital era de R$ 4.872.336. A Politrans Tecnologia apresentou o credenciamento e o envelope com a proposta foi aberto. A empresa ofertou o valor inicial de R$ 4.504.500 e ainda concedeu desconto de R$ 237.468, resultando na quantia final de R$ 4.457.500.

“Como a empresa foi a vencedora, ofertou um preço abaixo do estimado pela Prefeitura e ainda concedeu um desconto para a gente, passo para a segunda fase, que é a análise de documentação da habilitação deles”, afirmou o licitador Walner Silvestre ao iFronteira.

Entre as exigências do edital, estava a comprovação com atestado de capacidade técnica, provando ter executado serviços compatíveis com o objeto licitado antes da licitação. No caso, a Politrans forneceu documentos da Companhia de Engenharia de Tráfego de São Paulo (CET) e da Prefeitura de Mogi das Cruzes, como os procedimentos de "locação, operação e manutenção de radar" de semáforo vermelho; de velocidade fixo; velocidade estático; e detector de eixos, massa metálica e de rodagem dupla (piezo elétrico).

Apesar de ter sido a vencedora, o licitador enfatizou que a próxima etapa é a apresentação de amostras dos seguintes equipamentos: um registrador de excesso de velocidade estático com localizador GPS; um registrador com processador de via (pistola de rolamento), detector de eixos e de massa metálica e de rodagem dupla (piezo elétrico); um registrador de excesso de velocidade portátil (tipo pistola); e equipamento para contagem veicular com utilização de software de laço detector virtual.

A respeito das amostras, o edital impõe que "a licitante vencedora que não apresentar as amostras, conforme estabelecido no edital, estará automaticamente desclassificada". Outro caso de desqualificação é se os equipamentos não forem aprovados. "Agora, a vencedora tem um prazo de cinco dias para apresentar na Secretaria Municipal de Assuntos Viários e Cooperação em Segurança Pública [Semav] as amostras", salientou Silvestre, que ainda explicou que esse período tem início nessa terça-feira (14) e segue até segunda-feira (20).

De acordo com o secretário da Semav, Oswaldo de Oliveira Bosquet, a pasta pretende testar os equipamentos em um dia. “Caso esteja tudo certo, eu aviso o licitador”, relatou. Se a Politrans não se encaixar nas exigências do edital, será necessária abertura de um novo pregão. “Isso é necessário porque só houve um interessado, não temos um segundo classificado”, pontuou Bosquet ao iFronteira.

“Com a análise e o parecer favorável das amostras, a gente encerra a licitação, publica-se a classificação da empresa e abre-se o prazo recursal de três dias úteis. Decorrido o prazo após a adjudicação, o prefeito homologa e faz o contrato”, finalizou Silvestre.

Redução de acidentes

O secretário municipal de Assuntos Viários e Cooperação em Segurança Pública, Oswaldo de Oliveira Bosquet, afirmou estar satisfeito com o resultado do pregão. Ele frisou que, com a instalação dos radares, a Prefeitura quer reduzir o número de acidentes, dar mais segurança e melhorar a fluidez do tráfego de veículos.

“Se tiver recurso, não existe uma ideia de tempo que levará até a contratação. Correndo sem nenhum recurso, com certeza, no primeiro semestre a gente já começa essa implantação. É importante lembrar que, após a implantação, ainda haverá um prazo para que a população tenha ciência dos locais. A nossa intenção é fazer com que os veículos circulem na velocidade programada para eles. Isso vai trazer mais segurança e a meta é diminuir a quantidade de acidentes”, disse o secretário ao iFronteira.

Bosquet ainda salientou que hoje os condutores circulam acima da velocidade mesmo que inconscientemente. “Hoje não é que o motorista não quer andar na velocidade compatível com o local. É inconsciente. Temos a malha viária praticamente toda recapeada. Como se diz no popular, está um ‘tapete’, e os veículos estão cada vez mais potentes. Você acaba praticando um excesso de velocidade para aquele local, às vezes, inconscientemente, o que tira o poder de reação do motorista”, falou.

Com a fiscalização e com a redução da velocidade, ele relatou que se aumenta o poder de reação do motorista diante de uma situação inusitada, como uma pessoa que atravessa repentinamente a via ou um veículo que para bruscamente. Além disso, a Prefeitura pretende fazer o sincronismo dos semáforos.

“Por isso, não adianta ele correr aqui se ele vai parar ali. Se ele circular na via dentro da velocidade programada, ele vai conseguir ter uma melhor fluidez. Então, essa é a meta também em algumas vias onde a gente tem um excesso de obstáculos, porque o obstáculo não tem a capacidade de redução de velocidade, só a redução naquele ponto, mas o veículo depois desenvolve a velocidade que quer porque não tem o controle eletrônico”, enfatizou o secretário da Semav ao iFronteira.

Esse sincronismo dos semáforos é chamado de “Onda Verde”, o que Bosquet afirmou também contribuir com o meio ambiente, já que não há redução e aceleração em um curto espaço, como no caso das lombadas em sequência, o que leva ainda a uma economia de combustível.

“Nós já estamos preparando o edital de licitação para esta central semafórica, que faz o controle de todos os semáforos. Assim, com a velocidade que você tem na via já regulamentada, você faz com que o motorista passe pelos semáforos todos verdes”, explicou.

"Indústria de multas"

Para aqueles que reclamam de que a fiscalização eletrônica vai criar uma "indústria de multas" na cidade, Bosquet é categórico ao comentar que são “pessoas que querem permanecer na ilegalidade”.

“Num sistema eletrônico de velocidade, quem autua é o próprio motorista. Se o motorista observar a velocidade permitida no local, ele não vai ser autuado jamais. Aqueles que querem permanecer na ilegalidade acabam intitulando ‘indústria de multas’. Só seria ‘indústria de multas’ se os radares estivessem escondidos, mas estampados e regulamentados, só passa com excesso de velocidade quem quer”, frisou ao iFronteira.

A autuação, conforme Bosquet, faz parte do processo de educação dos usuários. “Não tem como educar senão a partir da conscientização, através de campanhas de trânsito, mas também através da coibição. Por isso, você tem de ter a autuação dentro desse contexto para conseguir chegar ao sucesso da melhoria do trânsito”, explicou.

As placas indicativas sobre a fiscalização de velocidade já estão em processo de instalação. “Vamos implantar todas as placas e descobri-las para que a população vá se acostumando com a velocidade dessas vias. Somente com a fiscalização os motoristas vão olhar para o velocímetro. Ele vai criar a educação de sempre estar olhando o velocímetro e, quando ele faz isso numa via controlada, acaba fazendo isso em outras vias por condicionamento”, apontou Bosquet ao iFronteira.


13/04/2015

Fonte: IFronteira

 

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