Embraer prevê nova licitação militar nos EUA em 2007


BRASÍLIA - A Embraer espera que os Estados Unidos iniciem em meados de 2007 nova concorrência para renovação de sua frota de aviões de vigilância e inteligência, afirmou nesta segunda-feira o vice-presidente da fabricante de jatos para o mercado de Defesa e governo, Luiz Carlos Aguiar.
A empresa brasileira viu frustrada sua ambição de entrar no maior mercado militar do mundo em janeiro deste ano, quando os EUA cancelaram o programa Aerial Common Sensor (ACS), estimado em até 8 bilhões de dólares, para o desenvolvimento de um avião de vigilância.
A Embraer integrava o consórcio liderado pela Lockheed Martin que havia vencido a licitação. A plataforma para o ACS seria a aeronave brasileira ERJ-145, mas o peso de equipamentos e sensores tornou o modelo inadequado.
"Não deve ter solicitação de propostas iniciada este ano. A previsão é de que, possivelmente, em meados do ano que vem (os EUA) retomem esse processo, ou seja, de cotações efetivas, de envio de propostas", afirmou Aguiar em entrevista à Reuters por telefone.
O executivo contou que a Embraer já apresentou aos EUA os aviões que têm a oferecer para a nova licitação, incluindo o Embraer 195, maior aeronave fabricada no Brasil e que na versão comercial pode levar até 118 passageiros.
Para ele, apesar do fracasso do contrato anterior, a fabricante tem hoje uma relação "mais estreita" com os EUA.
A Embraer foi criada em 1969 para desenvolver produtos destinados à Força Aérea Brasileira (FAB). Sobretudo após sua privatização, em 1994, a fabricante concentrou esforços na aviação comercial regional.
No primeiro semestre de 2006, as vendas da área chefiada por Aguiar, que inclui aviões para transporte de autoridades, representaram apenas 7,5 por cento do faturamento. O objetivo da Embraer era de ter, nos próximos anos, 20 por cento de sua receita com negócios de Defesa e governo.
"O negócio em si (nos EUA) não seria suficiente para ter essa alavancagem. O que acontece é que, quando você vende para o principal mercado de Defesa do mundo, você acaba tendo um efeito de demonstração, ou seja, a percepção de outros clientes no mundo muda", disse.
"A gente está num processo de reavaliação dessas metas. A gente vai terminar o ano com um novo plano de negócios para os próximos cinco anos, redefinindo isso", antecipou o executivo, sem precisar qual será o novo alvo no setor de Defesa.
"É necessário... rever esses números todos para a gente vir com um número mais realista, com uma perspectiva de realmente conseguir efetivar o que está no plano."
Sobre o portfólio militar da Embraer, Aguiar disse que a empresa continuará concentrada em nichos de mercado, como vigilância, reconhecimento, patrulha marítima e alerta, além de aeronaves de treinamento e ataques leves.
Atualmente, a Embraer trabalha no desenvolvimento de um produto para missão militar baseado no Embraer 190 --jato comercial de 100 assentos-- e em um novo sistema de patrulha marítima.
NEGÓCIOS À VISTA
O executivo disse que a fabricante mantém conversas com entre 20 e 30 forças aéreas, em "fases diferenciadas".
Negócios na Turquia, Cingapura e Índia estão em processo licitatório --nos dois primeiros casos envolvendo aviões de treinamento Super Tucano e no último um jato multimissão baseado na aeronave executiva Legacy 600.
O resultado da concorrência em Cingapura deve sair ainda em 2006 e no ano que vem a Embraer espera decisão nos outros dois países.
Nos últimos cinco anos, segundo Aguiar, a área de Defesa fechou contratos que totalizam 2,2 bilhões de dólares. A FAB representa 58 por cento dessa cifra, enquanto o restante é resultado de vendas no exterior. Cerca de 20 países operam produtos militares da Embraer.
A FAB continuará a ter um peso importante nos negócios, mas o vice-presidente estima que nos próximos cinco anos as vendas no Brasil representarão 40 por cento dos negócios de Defesa da Embraer.


28/08/2006

Fonte: Yahoo! Notícias - Economia

 

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