DAE adotará pregão eletrônico para compras

O Departamento de Água e Esgoto (DAE) de Bauru vai adotar o sistema de pregão eletrônico para a compra de produtos, equipamentos e serviços. A tecnologia necessária será disponibilizada gratuitamente pelo Banco do Brasil (BB), que ontem assinou contrato de parceria com a autarquia. Os interessados em participar das licitações poderão acompanhar o processo e efetuar lances via Internet.
O presidente do DAE, José Clemente Rezende, afirma que o pregão eletrônico apresenta uma série de vantagens. “Ele traz maior segurança, agilidade e economia aos cofres públicos. É um sistema que vem sendo utilizado pelo BB em todo o País com excelentes resultados. Acreditamos que ele também trará grandes benefícios à autarquia”, comenta.
Rezende ava lia que ainda é cedo para projetar o percentual de redução nos custos que o novo sistema permitirá, mas se mostra otimista. “O que nós temos observado em relação ao BB e ao governo do Estado, que também adotam o pregão, é uma economia de até 30% em algumas licitações”, relata.
A modalidade eletrônica começará a ser utilizada pela autarquia no dia 1 de julho, mas durante os três primeiros meses funcionará em caráter experimental. “A partir daí, o sistema será obrigatório para todos os casos que se enquadrarem no pregão eletrônico, como as compras de materiais de saneamento e produtos químicos, entre outras”, ressalta o presidente do DAE.
Para operar o sistema, seis funcionários da autarquia foram treinados pelo BB. Eles atuarão como pregoeiros nos processos de licitação eletrônica, recebendo os lances feitos via Internet pelos participantes. Quem oferecer o preço mais baixo será declarado vencedor.
A convocação do pregão será feita pelo Diário Oficial do Município e pela Internet sempre que o objeto da compra tiver valor estimado de até R$ 650 mil. Quando o preço ficar entre R$ 650 mil e R$ 1,3 milhão, também será necessária a publicação do edital em jornal de circulação local. Acima desse valor, a publicação deverá ocorrer em jornais de circulação regional ou nacional.
O superintendente regional do BB, Adilson Anísio, explica que as empresas interessadas em participar das licitações eletrônicas precisam estar cadastradas no banco. “Essa é uma forma de garantir a qualidade dos fornecedores”, argumenta.
Além disso, as empresas credenciadas geram uma carteira em potencial de clientes para o BB, o que explica o interesse da instituição em ceder gratuitamente a tecnologia que permite a implantação do pregão.
Anísio destaca que o BB acompanhará de forma permanente as licitações eletrônicas promovidas pela autarquia. “Nós temos uma gerência de logística que atende toda a região e que estará à disposição do DAE para oferecer todo o suporte técnico”, declara.

Câmara
Em Bauru, o Banco do Brasil (BB) já mantém convênio com a Câmara Municipal para a realização de pregão eletrônico. O acordo foi assinado em 2003 pelo então presidente do Poder Legislativo, Renato Purini (PMDB).
Segundo o atual presidente da Casa, vereador Toninho Garmes (PSDB), a licitação eletrônica tem se mostrado eficiente. “Principalmente em termos de rapidez e pelo fato do sistema não permitir que um concorrente veja a oferta do outro”, destaca.
Garmes ressalta, no entanto, que o pregão é utilizado em poucos casos, já que o valor da maioria das compras efetuadas pela Câmara permite a adoção do sistema de tomada de preços, em que algumas empresas são consultadas e a que oferece o menor preço é escolhida para fazer o fornecimento.
O superintendente regional do BB, Adilson Anísio, afirma que o banco também está em processo de negociação com a prefeitura para disponibilizar o serviço. A parceria, porém, ainda não foi concretizada.

29/06/2005

Fonte: Jcnet